Sargento suspeito de atirar em jovem no Geisel é afastado da PM
PM estava à paisana quando atirou em jovem. Imagens registraram momento dos disparos.
A Polícia Militar afastou das atividades o sargento suspeito de atirar em um jovem em praça pública na madrugada do último sábado (10), no bairro Ernesto Geisel, em João Pessoa. A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança e Defesa Social (Seds) da Paraíba.
Após denunciar aglomeração e perturbação da paz em uma praça, o sargento em questão teria atirado duas vezes contra o jovem Franssuar Muniz, de 26 anos. Um dos tiros acertou o abdômen do rapaz, que foi levaod pelos amigos para o hospital de emergência e trauma da capital.
De acordo com o diretor do hospital, Franssuar teve que ter o baço e um dos rins retirados. Ele segue internado já fora de perigo e deve receber alta nos próximos dias. Enquanto isso, o sargento chegou a se apresentar e ser ouvido na Central de Polícia de João Pessoa acompanhado de um advogado. Ele prestou depoimento e foi liberado. A corregedoria da PM abriu procedimento para apurar o caso.
“Nós vamos reunir o relatório da Corregedoria, da guarnição que estava de serviço e o relatório do CPU do 5º Batalhão, e vamos encaminhar ao corregedor geral, tendo em vista que o sargento, ele tira serviço do Ciop e o Ciop é vinculado à Secretaria de Segurança Pública”, disse o coronel Severino do Ramo Gerônimo, corregedor da PMPB.
Uma sindicância também será instaurada para apurar a conduta dos outros dois policiais que estavam em serviço e estiveram na ocorrência.
“Com relação aos policias que atenderam a ocorrência, nós também vamos encaminhar relatório comando do 5º Batalhão para que possa apurar eventuais transgressões ou crime que possam ter sido praticados pela guarnição”, disse.
“Eles disseram que chegaram ao local para averiguar uma acusação do próprio sargento de que havia lá na praça várias pessoas com som alto, usando drogas e bebidas alcoólicas. A guarnição foi tentar pedir pro pessoa ir embora e acabou nisso. A apuração vai nos dizer qual o comportamento de cada um, onde eles se enquadram no nosso regulamento disciplinar da Polícia Militar, assim como os crimes por eles praticados”, enfatizou o corregedor.