Suspeitos de movimentar R$ 120 milhões de forma ilícita são alvos de operação na Paraíba
Os mandados são cumpridos em residências, empresas e escritórios de contabilidade dos envolvidos.
Foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (4), uma operação que tem como objetivo cumprir mandados de prisão, busca e apreensão contra suspeitos de fraudes fiscais na Paraíba. A ação tem autoria da Polícia Civil do estado, por meio de uma parceria entre a Delegacia de Crimes Contra a Ordem Tributária e o Ministério Público Estadual.
Devem ser cumpridos 10 mandados de prisão (cinco prisões preventivas e cinco prisões temporárias) e 14 mandados de busca e apreensão, da 6ª Vara Criminal da comarca da capital.
As buscas contam com a colaboração Promotoria de Justiça de Crimes Contra a Ordem Tributária, o Gaeco e a Secretaria de Estado da Fazenda.
Ver essa foto no InstagramUma publicação compartilhada por Portal T5 (@portalt5) em 4 de Mar, 2020 às 1:40 PST
Segundo o delegado Hector Azevedo, da Delegacia de Ordem Tributária de João Pessoa, a “Operação Noteiras" tem alvo a desarticulação de um esquema de fraude fiscal estruturada, envolvendo uma Organização Criminosa e um grupo de empresas que, juntas, movimentaram, de forma ilícita, aproximadamente R$ 120.000.000,00 (cento e vinte milhões de reais) em mercadorias e nota fiscais inidôneas.
“Durante as investigações, constatou-se a existência de uma organização criminosa especializada na constituição de empresas de fachada que simulam operações de compra e venda de mercadorias, com o fim de acobertar operações realizadas por outras empresas que, por sua vez, funcionam com ares de regularidade, promovendo a circulação de mercadorias sem o recolhimento do imposto devido, causando assim, grave dano ao Estado da Paraíba”, esclareceu o delegado.
A operação teve a participação de três promotores de Justiça, cerca de 50 policiais civis e 34 auditores fiscais da Fazenda Estadual, com suas respectivas equipes.
Os mandados são cumpridos em residências, empresas e escritórios de contabilidade dos envolvidos. Os endereços concentram-se em João Pessoa, Campina Grande, Patos e Sousa.
Os investigados responderão por crimes contra a ordem tributária, organização criminosa e falsidade ideológica, cujas penas, somadas, chegam a 18 anos de reclusão.
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