Polícia investiga morte de mulher trans que teve silicone industrial aplicado no corpo
A intenção da investigação é saber as circunstâncias da morte e identificar se o produto foi aplicado em uma clínica clandestina
Após a morte de uma mulher transexual de 34 anos, nesta quarta-feira (5), o delegado Alexandre Fernandes compareceu ao hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, durante a noite. Sem dar detalhes à imprensa, ele afirmou que uma investigação será aberta.
A morte de Maísa Andrade ocorreu após ela passar mal durante a aplicação de silicone industrial nos membros inferiores. O procedimento teria acontecido em uma clínica clandestina no bairro do Varadouro, no centro da capital, segundo um amigo de Maísa.
Segundo o diretor-geral da unidade hospitalar – pra onde a mulher foi socorrida - foi encontrada alta quantidade de silicone industrial no corpo da vítima. A aplicação teria acontecido na região da perna.
Laercio Braganti acredita que aconteceu auto injeção. “Isso provocou um processo de gravíssimo embolia pulmonar maciça por este produto que é extremamente tóxico”, afirmou.
Ainda segundo o dirigente, a vítima já chegou entubada e com ventilação assistida. “Em todos os casos que há aplicação desta substância, há forte índice de morte”, completou.
O corpo da mulher chegou a ser liberado por volta das 17h40, no entanto, o delegado impediu a liberação por conta da abertura da investigação.
A página no Facebook do Movimento em Defesa dos Direitos Humanos LGBT de Cajazeiras-PB publicou uma nota de falecimento sobre o incidente.