Vereadores de Santa Rita seguem detidos e audiência de custódia acontece nesta quarta (6)
As investigações iniciaram após uma denúncia anônima
Seguem detidos na carceragem da Central de Polícia de João Pessoa os 11 vereadores da cidade de Santa Rita que foram presos em uma ação do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba (MPPB), nesta terça-feira (5). Apesar de presos, os parlamentares poderão se alimentar com comida levada pelos familiares.
Caso eles permaneçam presos após a audiência de custódia, que está prevista para acontecer nesta quarta-feira (5), eles vão dormir e se alimentar assim como os outros detidos. Eles chegaram no início da noite, em um ônibus.
As prisões
A Operação Natal Luz teve apoio da Polícia Civil de Sergipe e do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul. De acordo com as investigações, os políticos são suspeitos de forjarem um congresso para justificar o deslocamento para a cidade de Gramado no Rio Grande do Sul, com o uso de dinheiro público.
A viagem ocorreu durante a programação do 'Natal Luz', evento com temática natalina realizado na cidade de Gramado (RS). As prisões em flagrante aconteceram às 3h, após o desembarque no Recife (PE) e o trajeto de volta para João Pessoa, próximo ao município de Mata Redonda. Vereadores e acompanhantes foram encaminhados para a Central de Polícia, no bairro do Ernesto Geisel.
Confira a lista dos vereadores presos:
1 – Anesio Alves de Miranda Filho
2 – Brunno Inocencio da Nóbrega Silva
3 – Carlos Antônio da Silva
4 – Francisco de Medeiros Silva
5 – Diocélio Ribeiro de Sousa
6 – Francisco Morais de Queiroga
7 – João Evangelista da Silva
8 – Ivonete Virgínio de Barros
9 – Marcos Farias de França
10 – Sérgio Roberto do Nascimento
11 – Roseli Diniz da Silva
Os familiares dos políticos foram liberados após serem ouvidos pelo delegado. Já os parlamentares permanecem presos e aguardam audiência de custódia.
Apesar das prisões terem acontecido em flagrante, o presidente da Câmara Municipal, Anésio Miranda Filho (PSB), acusou que a ação policial "não preencheu os requisitos constitucionais" e que não foi expedido mandado judicial. Ele ainda confirmou à TV Tambaú, que as diárias custaram em torno de R$ 4 mil a R$ 5 mil, para cada parlamentar.
De acordo com o Portal da Transparência, em 2019, já foram gastos R$ 585.492,24 em diárias na Câmara. Neste último evento foram pagos R$ 69 mil com os custos de hospedagens dos vereadores.
As investigações iniciaram após uma denúncia anônima: “Recebemos a informação e documentação da contratação de uma empresa do estado de Sergipe para a realização de um congresso em Gramado, no Rio Grande do Sul, para os vereadores de Santa Rita”, disse o delegado Allan Murilo Térruel, da Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Draco), ao Paraíba Já.