Após um ano de explosão no PB1, mais de 20 presidiários continuam foragidos
Penitenciária também é lugar de superlotação e ataques de criminosos
Na madrugada de 10 de setembro de 2018, a Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes, o PB1, foi alvo de um ataque que chamou atenção pela fragilidade da segurança pública na Paraíba. O episódio foi destaque em noticiários nacionais e após um ano ainda é carente de explicações.
Durante a explosão de uma das portas da penitenciária de João Pessoa, mais de 90 homens detidos fugiram das celas e após um ano, 21 presidiários continuam foragidos.
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De acordo com informações da Polícia Militar, cerca de 20 homens, em quatro veículos chegaram na frente do presídio nas primeiras horas daquela segunda-feira e dispararam diversas vezes contra as guaritas, o alojamento e o portão principal. Investigações apontam que havia grande quantidade de armamento, inclusive fuzis ponto 50, que tem capacidade de perfurar paredes.
Os criminosos se aproximaram do portão e utilizaram explosivos para invasão da penitenciária. Os homens tiveram acesso à unidade e com o uso de um alicate conseguiram arrombar os cadeados para libertar Romário Gomes Silveira, alvo do resgate e suspeito de explosões a agências bancários e carros-forte.
À época 10 pessoas foram presas em um flat na orla de João Pessoa. Entre os detidos, cinco homens foram encaminhados ao presídio e cinco mulheres foram liberadas.
No mês de abril, uma das guaritas do presídio foi alvo de tiros. Segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), os tiros foram disparados próximo a uma região de mata e ninguém foi preso. Confira a reportagem: PB1 é alvo de tiros durante ação de criminosos, em João Pessoa
Em nota, a Secretaria da Segurança e da Defesa Social informou que a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e a Polícia Civil estão em força tarefa para continuidade das investigações do caso e detalhes sobre as ações permanecem em sigilo para proteção de informações.
Superlotação - A Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes foi inaugurada em julho de 2008, com capacidade de receber 644 detidos, mas atualmente constam 637 pessoas em regime fechado e 70 detidos em regime provisório, totalizando 707 encarcerados, de acordo com o Ministério Público da Paraíba.
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