‘Parahyba Indígena’ celebra cultura dos povos originários no Ateliê Elioenai Gomes
Evento tem programação gratuita dedicada à valorização da identidade indígena

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O Ponto de Cultura Ateliê Multicultural Elioenai Gomes, em João Pessoa, realiza nesta sexta-feira (25) o evento ‘Parahyba Indígena’, uma celebração voltada à valorização e à preservação da cultura dos povos originários do Brasil. A programação, totalmente gratuita, começa às 19h e inclui exposição, roda de conversa e apresentações musicais.
A proposta do evento é promover um resgate da identidade indígena em contextos contemporâneos e dar visibilidade às diversas expressões culturais dos povos originários. O idealizador do ateliê, o multiartista Elioenai Gomes, destaca que o momento é uma oportunidade de fortalecer o legado indígena diante das tentativas históricas de apagamento. “Celebrar o Dia dos Povos Originários é reafirmar a importância dos saberes ancestrais para a justiça social, o meio ambiente e os direitos humanos”, afirmou.
A noite começa com uma exposição de artefatos do povo Kariri-Xocó, tradicionalmente presente no sertão nordestino, especialmente na região do Baixo São Francisco, em Alagoas. Na sequência, será realizada a roda de conversa ‘Que Indígena Você É’, com participação de três importantes nomes da militância indígena contemporânea: Topázio Aramurú Karirí, educador e artista social; Josélia Potiguara, cacica e ativista da Associação Cultural de Indígenas em Contexto Urbano da Paraíba; Agüa Yayu Kariri, artivista karirí trans não binário, cuja pesquisa envolve ancestralidade, meio ambiente e diversidade de gênero.
A programação musical terá início com Mallu Morena, cantora e atriz que traz para o palco cantos da jurema sagrada e músicas do novo EP, Encantos da Jurema, inspirado nas ancestralidades brasileiras. Às 20h30, acontece o show principal com a artista paraibana Luana Flores, conhecida pelo projeto Nordeste Futurista, que funde ritmos populares nordestinos com música eletrônica, em uma linguagem estética que também atravessa o audiovisual e o teatro.
O encerramento fica por conta do Grupo Raízes, com uma performance de ritmos afro-indígenas, como ijexá, samba de roda, coco, maculelê, ciranda e capoeira, em uma experiência que une percussão, canto, dança e espiritualidade.