Consumo de chocolate pode ser saudável com moderação e boas escolhas, orienta nutricionista
Nutricionista explica diferenças entre tipos de chocolate e como evitar excessos

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O aumento do consumo de chocolate durante a Páscoa é uma tradição que permanece forte no Brasil. Mas, segundo a nutricionista Jéssica Macedo, é possível manter esse hábito de forma equilibrada durante todo o ano, inclusive em processos de emagrecimento. Durante entrevista, no programa Com Você, desta sexta-feira (18), ela apresentou comparações nutricionais entre diferentes tipos de chocolate e sugeriu formas mais saudáveis de consumo.
Jéssica destacou que o chocolate pode, sim, trazer benefícios, especialmente por estimular a liberação de serotonina e endorfina, neurotransmissores ligados à sensação de prazer. No entanto, ela alerta: “O problema está na quantidade. Um pequeno pedaço pode rapidamente virar uma barra inteira, o que compromete a dieta, principalmente de quem segue um plano com restrição calórica”.
Entre os tipos apresentados, o chocolate branco foi classificado como o menos saudável, por conter mais açúcar e ser feito com manteiga de cacau, e não com o cacau propriamente dito. “Ele não traz os mesmos benefícios antioxidantes dos outros chocolates”, explicou.
Os chocolates com biscoito, castanhas ou passas são opções melhores, mas ainda exigem moderação. “Uma barrinha dessas pode ter até 560 calorias. Quem está em uma dieta de 700 calorias por dia, por exemplo, já comprometeria todo o plano alimentar com uma única porção”, disse.
Como alternativa, a nutricionista sugeriu misturar chocolate amargo com frutas, criando sobremesas como ganache com creme de leite light. “Três tabletes de chocolate 70% cacau com frutas somam cerca de 200 calorias e promovem mais saciedade”, explicou. Embora mais saudáveis, chocolates com alto teor de cacau também devem ser consumidos com atenção, pois mantêm o mesmo valor calórico dos demais.
A escolha dos ovos de Páscoa, especialmente para crianças, também foi debatida. Um ovo de 220 gramas, comum no mercado, pode conter mais de 1200 calorias. “É o equivalente a uma refeição completa. A dica é guardar na geladeira e consumir aos poucos, dividindo em pequenas porções”, orientou.
Jéssica reforçou que é importante ler os rótulos dos produtos e ficar atento aos ingredientes. Em muitos casos, o primeiro item da lista é o açúcar, o que indica um teor alto e reduz os benefícios nutricionais do alimento.
A entrevista, conduzida por Fernanda Albuquerque, contou com a participação da repórter Magali Mel, que também destacou a importância de equilibrar prazer e cuidado com a saúde, especialmente nas datas festivas.