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Criança autista de 3 anos morre afogada em piscina no litoral sul da Paraíba

O caso aconteceu neste domingo (6), por volta das 18h, no distrito de Jacumã

Por Carlos Rocha Publicado em
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Criança autista de 3 anos morre afogada em piscina no litoral sul da Paraíba

Uma criança de 3 anos morreu afogada em uma piscina no distrito de Jacumã, na cidade de Conde, litoral sul da Paraíba. O caso aconteceu neste domingo (6), por volta das 18h.

O menino, identificado como Ícaro Araújo dos Santos, estava com a família em uma casa onde passavam o fim de semana. Segundo relatos, Ícaro brincava na sala sob o olhar do pai, quando se levantou e saiu do ambiente. Como havia muitas pessoas no local e os portões estavam fechados, o pai acreditou que o filho teria ido até a cozinha, onde a mãe preparava o jantar.

Alguns minutos depois, uma prima da criança entrou na sala desesperada, informando que Ícaro estava na piscina. Familiares correram até o local e encontraram o menino já boiando. O pai retirou a criança da água e a levou rapidamente para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas, infelizmente, o garoto já havia falecido.

O corpo de Ícaro foi encaminhado ao Instituto de Polícia Científica (IPC), em João Pessoa, onde passou pelos exames de praxe e foi liberado na manhã desta segunda-feira (7). O reconhecimento do corpo foi feito pelo próprio pai, que, muito abalado, preferiu não dar declarações à imprensa.

O velório de Ícaro será realizado na Ilha do Bispo, na capital paraibana, em uma associação comunitária localizada em uma antiga fábrica desativada. O sepultamento está previsto para acontecer no cemitério de Bayeux.

A família, que tem outros três filhos, enfrenta agora o luto pela perda precoce do menino mais novo. Amigos e parentes prestam homenagens e solidariedade.

O Afogamento no Brasil: Dados Alarmantes

O afogamento é um problema sério no Brasil. De acordo com um estudo divulgado em 2024 pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), com base em dados de 2022, a cada 90 minutos, uma pessoa morre afogada no país. A pesquisa aponta que o afogamento é a segunda principal causa de óbito de crianças entre 1 e 4 anos e a quarta principal entre jovens de 5 a 24 anos.

O risco de morte por afogamento é significativamente maior entre os homens, que morrem, em média, seis vezes mais do que as mulheres. Além disso, cerca de 40% das mortes por afogamento ocorrem antes dos 29 anos de idade, com três crianças morrendo afogadas diariamente.

Águas Naturais e Riscos

A maior parte dos óbitos ocorre em águas naturais, como rios, lagos e represas, representando 70% das mortes. Crianças menores de 9 anos têm mais chances de se afogar em piscinas ou em residências, enquanto adolescentes e adultos correm mais risco em praias e corpos d’água naturais.

Os dados também destacam o aumento do risco durante o verão. Aproximadamente 41% dos afogamentos acontecem entre dezembro e março. As crianças que sabem nadar também estão em risco, especialmente devido à sucção de bombas em piscinas.

Afogamento: Um Problema de Saúde Pública

O afogamento é considerado um incidente, e não um simples acidente. Embora muitas mortes ocorram de forma inesperada, a prevenção é a melhor forma de tratar este problema. Estima-se que cada óbito por afogamento custe cerca de 210 mil reais ao Brasil, considerando os impactos econômicos e sociais.

Em áreas de banho sem guarda-vidas, o risco de morte por afogamento é 60 vezes maior. Além disso, a pesquisa aponta que, a cada 18 resgates realizados por guarda-vidas, 1 pessoa necessita de atendimento hospitalar, e, a cada 38 pacientes atendidos no hospital, 1 vem a óbito.

A Luta Contra a Endemia

Apesar dos números alarmantes, o Brasil tem conseguido avanços na redução das mortes por afogamento. Entre 1995 e 2022, a mortalidade por afogamento caiu 48%, o que indica progresso na conscientização e na prevenção de incidentes relacionados à água. No entanto, a região Norte do país ainda apresenta o maior risco de morte por afogamento.

Tanto o Batalhão de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros da Paraíba, quanto a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático continuam a trabalhar para aumentar a educação sobre segurança aquática e reforçar as políticas de prevenção. O Brasil ainda enfrenta um grande desafio, mas as medidas adotadas têm mostrado resultados positivos na redução dos índices de mortes por afogamento.



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