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Frei Damião

Gestante de 17 anos morre após parto e família alega violência obstétrica; caso é investigado

O caso ocorreu após uma peregrinação por diversas maternidades, incluindo unidades de saúde de Pedras de Fogo, João Pessoa, Santa Rita e Itabaiana

Por Carlos Rocha Publicado em
Gestante morreu durante o parto joao pessoa
Gestante de 17 anos morre após parto e família alega violência obstétrica; caso é investigado (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)
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Uma adolescente de 17 anos, identificada como Ruth da Silva, morreu na última segunda-feira (24) após enfrentar complicações durante o parto. A família da jovem alega que ela foi vítima de violência obstétrica e negligência médica. O caso ocorreu após uma peregrinação por diversas maternidades, incluindo unidades de saúde de Pedras de Fogo, João Pessoa, Santa Rita e Itabaiana.

De acordo com familiares, Ruth procurou atendimento médico inicialmente no hospital de Pedras de Fogo, onde foi orientada a retornar para casa, sob a alegação de que ainda não era o momento do parto. Diante da persistência das dores, segundo o companheiro de Ruth, ela foi levada para a Maternidade Frei Damião, em João Pessoa, passando ainda pela Maternidade Cândida Vargas e pelo Hospital Flávio Ribeiro Coutinho, em Santa Rita. Em todas as unidades, a resposta foi a mesma: que o bebê estaria apenas se "encaixando".

As dores aumentaram nas horas seguintes, e Ruth retornou ao hospital de Pedras de Fogo, onde tentaram realizar um parto normal sem sucesso. A jovem foi então encaminhada para a maternidade de Itabaiana, onde o parto ocorreu com o uso de fórceps, um procedimento recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apenas em situações específicas devido aos riscos envolvidos.

Após o parto, a adolescente foi transferida novamente para a Maternidade Frei Damião, onde permaneceu internada na UTI. Segundo a família, 24 horas depois, Ruth não resistiu e faleceu. O bebê nasceu saudável e está sob os cuidados da família.

A Secretaria de Saúde do Estado informou, em nota, que o uso do fórceps foi necessário devido ao diagnóstico de sofrimento fetal e exaustão materna, conforme protocolo do Ministério da Saúde. O caso está sendo investigado pela Câmara Técnica Estadual de Investigação de Óbitos Maternos para averiguar possíveis práticas de violência obstétrica.



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