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ação coletiva

Prostitutas recebem assistência de saúde e vacinação em João Pessoa

O evento aconteceu no Pavilhão do Chá, no Centro de João Pessoa, e ofereceu serviços médicos e sociais

Por Carlos Rocha Publicado em
Associacao de prostitutas da paraiba
Prostitutas recebem assistência de saúde e vacinação em João Pessoa (Foto: Reprodução/ Instagram)
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A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), em parceria com a Associação das Prostitutas da Paraíba (Apros-PB), realizou, nesta terça-feira (18), uma ação de assistência e promoção à saúde voltada para mulheres que trabalham com o sexo. O evento aconteceu no Pavilhão do Chá, no Centro de João Pessoa, e ofereceu serviços médicos e sociais, com foco na prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e no cuidado integral dessas profissionais.

De acordo com Jéssica Mendonça, chefe da seção de IST, AIDS e Hepatites Virais da SMS, a iniciativa buscou levar os serviços até essas mulheres, muitas das quais enfrentam dificuldades para acessar o sistema público de saúde.

"Muitas delas não conseguem ir até uma unidade de saúde devido ao trabalho. Por isso, estamos trazendo atendimento diretamente para onde elas atuam, garantindo que tenham acesso a exames, vacinas e outras formas de cuidado", explicou.

Serviços oferecidos

Durante a ação, foram disponibilizados:
Consultas médicas e odontológicas (com atendimento do Odontomóvel);
Vacinação e exames citológicos para prevenção do câncer de colo do útero;
Auriculoterapia e ventosaterapia;
Testes rápidos para HIV, Sífilis e Hepatites Virais;
Emissão e atualização do Cartão SUS;
Rodas de conversa sobre saúde da mulher e direitos das trabalhadoras do sexo.

Para Luza Maria, coordenadora da Apros-PB, a parceria com a SMS tem sido essencial para garantir um atendimento contínuo a essas profissionais.

"Essa ação reforça a importância do autocuidado e da prevenção, especialmente para mulheres que enfrentam dificuldades para acessar o SUS. O poder público tem um papel fundamental nesse suporte", destacou.

A atividade contou com equipes da seção de ISTs, do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA/SAE), das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) e do Distrito Sanitário IV, responsável pela área central da cidade.

A prostituição é reconhecida no Brasil como uma atividade lícita, sendo considerada uma ocupação profissional pelo Código Brasileiro de Ocupações (CBO), sob o número 5198-05. No entanto, a exploração sexual e o rufianismo (lucro obtido por terceiros a partir do trabalho sexual de outra pessoa) são crimes previstos no Código Penal. A categoria enfrenta desafios como falta de acesso a direitos básicos, preconceito e vulnerabilidade social, o que torna ações de assistência como essa fundamentais para garantir saúde e dignidade às trabalhadoras do sexo.



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