Investigação da Polícia Civil de Princesa Isabel aponta origem da proliferação de moscas na região
Infestação tem atingido diversas áreas do município

ouça este conteúdo
|
readme
|
A Polícia Civil de Princesa Isabel, na Paraíba, finalizou a apuração sobre a infestação de moscas que tem atingido diversas áreas do município, incluindo casas e restaurantes, e causado problemas de saúde entre a população, principalmente crianças e idosos. As pragas, que transmitem doenças, têm se espalhado pela cidade, gerando preocupação entre os moradores.
Após análise, a polícia concluiu que o aumento das moscas está diretamente relacionado à grande quantidade de estercos produzidos pelas granjas de aves instaladas nas proximidades da cidade. Com cerca de seiscentos mil aves na região, as granjas geram diariamente mais de 30 toneladas de fezes de galinha, que ficam expostas e atraem as moscas, que se reproduzem rapidamente em sete dias.
Embora as atividades das granjas sejam uma importante fonte de emprego e renda para o município, o impacto ambiental tem sido negativo. Os dejetos acumulados criam um ambiente propício para a proliferação das moscas, o que tem resultado na chamada “virose das moscas”, uma condição que está afetando muitas pessoas, especialmente os grupos mais vulneráveis da cidade.
Em resposta à situação, os proprietários das duas maiores empresas de avicultura da região apresentaram o projeto “Mosca Zero”, que promete combater a infestação por meio da limpeza diária dos dejetos e da comercialização dos estercos como adubo para a agricultura. De acordo com os responsáveis pelo projeto, a implementação dessas medidas ajudaria a prevenir a proliferação das moscas de maneira eficiente.
No entanto, as empresas serão responsabilizadas por crime ambiental de acordo com o art. 54 da Lei nº 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais). O inquérito policial foi encaminhado para a Justiça e o Ministério Público, que agora analisarão se há necessidade de composição do dano ambiental ou de enquadramento criminal para os envolvidos.