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Morte de bebê no ISEA: família denuncia suposta negligência médica

Caso de Davi Elô gera repercussão nas redes sociais e investigação da Polícia e Secretaria de Saúde e CG

Por Redação T5 Publicado em
Trabalho na UTI foi restabelecido por volta das 23 horas
Morte de bebê no ISEA: família denuncia negligência médica e busca justiça (Imagem: Divulgação/ Sec. Saúde CG)
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Uma denúncia está sendo investigada após a morte de um recém-nascido no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA), em Campina Grande, Agreste paraibano. A queixa foi publicada nas redes sociais do pai da criança, Jorge Elô, nesta terça-feira (11). O relato aponta que a morte do bebê ocorreu no dia 1º de março.

De acordo com o relato de Jorge Elô, a mãe do bebê enfrentou complicações durante o período de gestação. Ele contou que a companheira enfrentou tromboembolismo e estava em uso de anticoagulantes (injeções diárias). Ainda de acordo com o texto publicado pela família, por recomendação médica, o parto natural foi escolhido como a opção mais segura para o caso.

Jorge relatou que Danielle, mãe da criança, foi internada no ISEA para o parto, que foi induzido na sexta-feira, dia 28 de fevereiro, com comprimidos intravaginais e, posteriormente, com infusão intravenosa. Segundo ele, durante o procedimento, ela teria apresentado sinais de desconforto, que foram minimizados por profissionais de saúde. Ainda segundo o relato, houve aumento da medicação, e a paciente passou mal antes de desmaiar. Encaminhada para cirurgia de emergência, o bebê já estava sem vida, e Danielle teve o útero removido devido a um rompimento uterino.

"Eu cheguei a ver a criança sendo tirada, e já estava morta. Vi que eles estavam discutindo algo, com alguma coisa na mão, que depois eu soube que era o útero de Danielle. Eu desci consternado. Até então, não sabia o que tinha acontecido. O médico que fez a cirurgia falou que nunca tinha visto um rompimento de útero daquela forma e, indiretamente, falou que aquilo provavelmente teria sido excesso de medicação para induzir o parto. Esse mesmo médico me orientou que levasse o útero de Danielle para realizar uma biópsia", disse Jorge.

Após receber a notícia da morte do filho, o pai afirmou ter procurado a delegacia e registrado boletim de ocorrência. A Polícia Civil afirmou que está apurando detalhes acerca do caso.

Já a Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande, responsável pelo Instituto, informou, que vai abrir uma sindicância para apurar o caso. De acordo com o secretário de saúde, Carlos Dunga Júnior "a Secretaria de Saúde, desde o instante que tomou conhecimento do caso e foi notificada sobre o que ocorreu no Isé, tomou duas providências. Primeiro, a abertura de uma sindicância para apurar todo o fato e, depois, afastamos a equipe de profissionais envolvidos para que exerçam também seu direito de defesa, direito de expor o contraditório no caso. Mas, nós estamos apurando tudo e, havendo culpados, nós iremos punir, sim. Nós estamos também fazendo contato com a família, porque iremos dialogar e mantê-lo à par com todo o processo de sindicância e dos resultados. É um momento de muita cautela, mas nós estamos muito tristes com o fato narrado e ocorrido, pois temos ali no Isé uma casa de parque com mais de 50 anos de uso e, utilizando serviços de muita qualidade para a população, nós não atendemos só Campina Grande, mas 174 municípios que nos referenciam e nós prezamos pelo atendimento pleno, um atendimento eficiente para a população. Nós temos no Isé vários exemplos de casos de superação, de casos de sucesso, mas temos, nesses casos, apurar e trazer com a transparência o resultado para a sociedade".



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