Vai viajar no Carnaval? Saiba como preparar seu pet para sua ausência
Portal T5 conversou com um especialista em psiquiatria veterinária, que trouxe várias dicas para os tutores
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Durante feriados prolongados, como o Carnaval, muitas pessoas aproveitam a folga para viajar, seja para descansar, visitar parentes ou até mesmo por compromissos profissionais. No entanto, para quem tem animais de estimação, surge a preocupação: como garantir o bem-estar dos pets durante esse período de ausência?
Para esclarecer essa questão, o Portal T5 conversou com o Dr. Gil Dutra Furtado, doutor em psicobiologia, especialista em psiquiatria veterinária e coordenador do curso de Medicina Veterinária da Uninassau João Pessoa. O especialista destacou medidas essenciais que os tutores podem adotar para minimizar o impacto da separação e garantir que os pets fiquem seguros e confortáveis enquanto seus donos estão fora.
Adaptação e alimentação
O ideal é que os preparativos comecem com antecedência. Segundo o Dr. Gil, é recomendado iniciar uma adaptação alimentar cerca de 15 dias antes da viagem, priorizando ração seca, que tem maior durabilidade e evita riscos de contaminação. Muitas famílias oferecem outros tipos de alimentos aos pets no dia a dia, mas, para períodos de ausência, a ração seca é a opção mais segura.
Além disso, é essencial disponibilizar mais de um recipiente com água, posicionados em diferentes locais da casa. Isso garante que o animal tenha acesso ao líquido mesmo em caso de derramamento acidental.
Ambiente e interação
Outro ponto importante é a manutenção do ambiente familiar para reduzir o impacto da ausência do tutor. Deixar os animais em um local onde já estejam acostumados e incluir elementos familiares, como brinquedos e objetos com o cheiro do dono, pode ajudar a minimizar o estresse.
Se possível, contar com a ajuda de um familiar ou amigo para visitar o pet diariamente é uma excelente estratégia. A presença humana, mesmo que breve, auxilia na sensação de segurança do animal. Durante essas visitas, a pessoa pode interagir com o pet, verificar a alimentação e trocar a água, garantindo que tudo esteja em ordem.
Alternativas para hospedagem
Outra opção viável e bastante procurada pelos tutores são os hotéis ou pousadas pet. Esses estabelecimentos oferecem supervisão profissional, além da companhia de outros animais, o que pode ser benéfico para evitar a solidão. Antes de escolher um local, é essencial verificar a reputação do serviço e garantir que as condições oferecidas atendam às necessidades do animal.
Efeitos emocionais da ausência
A ausência prolongada dos tutores pode levar alguns animais a desenvolverem sintomas de estresse e ansiedade, que variam conforme a personalidade e o histórico do pet. Entre os sinais mais comuns estão:
- Perda de apetite;
- Comportamento agressivo ou apático;
- Mudanças na rotina de sono e atividade;
- Autolesões, como lambedura excessiva ou mordidas nas patas.
Segundo o veterinário, esses comportamentos costumam ser temporários e tendem a desaparecer assim que o tutor retorna. No entanto, em alguns casos, pode ser necessário o acompanhamento de um veterinário especialista para garantir o bem-estar do animal a longo prazo.
Portanto, ao planejar uma viagem, os tutores devem considerar essas precauções para assegurar que seus pets permaneçam seguros, saudáveis e emocionalmente equilibrados até o seu retorno.