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26 de Março
Denunciados

Bolsonaro e mais 33 são denunciados por tentativa de golpe de Estado

Supremo Tribunal Federal analisará acusação sobre trama para impedir posse de Lula

Por Redação T5 Publicado em
Bolsonarocg
Procurador destacou que Bolsonaro adotou discurso crescente de ruptura institucional
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou nesta terça-feira (18) o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 33 pessoas ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. A acusação inclui militares como Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

A denúncia tem como base o inquérito da Polícia Federal (PF), que em novembro de 2024 indiciou Bolsonaro no chamado inquérito do golpe. Segundo as investigações, o grupo articulou uma trama conspiratória para impedir o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O caso será analisado pela Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux. Caso a maioria aceite a denúncia, Bolsonaro e os demais acusados se tornarão réus e responderão a uma ação penal na Corte. Ainda não há data para o julgamento, mas a análise pode ocorrer ainda no primeiro semestre de 2025.

Na denúncia, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que Bolsonaro e Braga Netto exerceram papel de liderança na organização que teria atuado contra as instituições democráticas.

"A organização tinha por líderes o próprio presidente da República e o seu candidato a vice-presidente, o general Braga Netto. Ambos aceitaram, estimularam e realizaram atos tipificados na legislação penal de atentado contra o bem jurídico da existência e independência dos poderes e do Estado de Direito democrático", afirmou Gonet.

O procurador destacou ainda que Bolsonaro adotou um discurso crescente de ruptura institucional, especialmente após a elegibilidade de Lula com a anulação de condenações criminais. Segundo Gonet, o ex-presidente incentivou ações contra o sistema eleitoral eletrônico e questionou repetidamente decisões do Judiciário.



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