Brasil Distrito Federal Mundo Esportes

Metrópoles

Entretenimento Celebridades Últimas notícias
TV Tambaú
Clube FM
26º
Quarta-feira,
16 de Abril
Luto

Morre o cantor e compositor Vital Farias aos 82 anos, após complicações cardíacas

A notícia da sua morte marca o fim de uma carreira que deixou uma marca indelével na música brasileira, especialmente na cena nordestina

Por Redação T5 Publicado em
Luto vital farias
Morre o cantor e compositor Vital Farias aos 82 anos, após complicações cardíacas
ouça este conteúdo

O cantor e compositor paraibano Vital Farias faleceu nesta quinta-feira (6), aos 82 anos, vítima de um choque cardiogênico, no Hospital Metropolitano, em João Pessoa. A perda do artista marca o fim de uma trajetória que deixou uma profunda marca na música brasileira, com especial destaque para a cena nordestina.

Vital Farias estava internado no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires desde a quarta-feira (5), onde foi submetido a exames e procedimentos de emergência, mas infelizmente não resistiu.

Em nota, a assessoria do Hospital Metropolitano declarou:
"O paciente, de 82 anos, estava internado em nossa unidade desde a quarta-feira (5), em decorrência de um infarto agudo do miocárdio, e passou por exames e procedimentos de emergência, mas não resistiu. Neste momento de dor, expressamos nossas condolências aos familiares, amigos e admiradores, desejando conforto e força para enfrentar essa irreparável perda."

Até o momento, não há informações sobre o velório e sepultamento.

A origem e trajetória de Vital Farias


Nascido no sítio Pedra d'Água, no município de Taperoá, Vital Farias foi o caçula de 14 irmãos. Alfabetizado pelas irmãs, viveu em sua cidade natal até concluir o curso ginasial. Aos 18 anos, se mudou para João Pessoa, onde prestou o serviço militar no 15º Regimento de Infantaria, antes de continuar seus estudos no Lyceu Paraibano. Durante esse período, iniciou seus estudos de violão de maneira autodidata, que o levou a ensinar música no Conservatório de Música de João Pessoa.

Carreira musical: do nordeste ao Rio de Janeiro


Em 1975, Vital Farias se mudou para o Rio de Janeiro, onde se envolveu com a cena cultural e artística, incluindo sua participação na peça “Gota d’Água”, de Chico Buarque. Em 1976, ingressou na Faculdade de Música, onde se formou em 1981. Sua primeira composição gravada, "Ê mãe", em parceria com Livardo Alves, foi interpretada por Ari Toledo.

Discografia e legado musical


O cantor e compositor deixou uma extensa discografia, com destaque para os álbuns “Vital Farias” (1978) e “Taperoá” (1980). Sua música, que abordava temas regionais e sociais, representou a cultura nordestina com autenticidade. No final dos anos 80, Vital deu uma pausa em sua carreira para focar em seus estudos, retornando em 2002 com o disco "Vital Farias ao vivo e aos mortos vivos" e produzindo o álbum de estreia de sua filha, Giovanna.

Músicas importantes da discografia:

  • "Ai, Que Saudade D'Ocê" (1982)
  • "Sete Cantigas Para Voar" (1982)
  • "Ê Mãe" (1978)
Atuação política


Além de sua carreira musical, Vital Farias também se aventurou na política. Em 2006, concorreu ao Senado pela Paraíba, pelo PSOL, e obteve um expressivo número de votos, ficando em terceiro lugar com 99.966 votos. Em 2010, tentou novamente a candidatura pelo PCB, mas obteve um resultado inferior, ficando em 4º lugar.

Reconhecimento e homenagens


Em 2002, Vital Farias foi homenageado com o título de Cidadão do Rio de Janeiro, como reconhecimento de sua contribuição à cultura da cidade.

A morte de Vital Farias representa uma grande perda para a música brasileira, especialmente para a música nordestina, da qual ele foi um dos maiores representantes. Seu legado permanece vivo nas canções e nas histórias que construiu ao longo de sua carreira.



Relacionadas
noscript