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Greve dos motoristas entra no terceiro dia e negociação pode definir fim da paralisação em João Pessoa

Expectativa é que uma nova proposta seja apresentada e levada à categoria para deliberação

Por Redação T5 Publicado em
motoristas em greve
Greve dos motoristas entra no terceiro dia e negociação pode definir fim da paralisação em João Pessoa (Foto: Reprodução/TV Tambaú)
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A greve dos motoristas de transporte coletivo em João Pessoa chega ao terceiro dia sem acordo entre a categoria e os empresários do setor. Na tarde desta quarta-feira (29), uma audiência de instrução está marcada para tentar avançar nas negociações e possivelmente encerrar a paralisação.

De acordo com Ronne Nunes, presidente do Sindicato dos Motoristas, a principal reivindicação da categoria é um reajuste salarial justo e a recomposição de benefícios retirados nos últimos anos. "A classe patronal ofereceu 3% de reajuste inicialmente e, depois, subiu para 5%, mas isso é insuficiente. Os trabalhadores acumulam perdas financeiras e não têm seus direitos valorizados", afirmou Nunes.

Outro ponto polêmico é a questão do vale-alimentação, que antes era de R$ 600 e foi reduzido para R$ 300. "Nós perdemos mais de R$ 800 no cálculo total e ainda não conseguimos recuperar essas perdas", enfatizou o representante da categoria. Segundo ele, os motoristas também relatam condições de trabalho precárias, com custos repassados diretamente a eles. "Se o pneu fura ou se um vidro do ônibus quebra, é o próprio trabalhador quem paga", criticou.

A decisão da Justiça determinou que 60% da frota de ônibus de João Pessoa continue operando durante a greve, mas o SINTUR-JP alega que a meta não está sendo cumprida integralmente. "Estamos fazendo nossa parte para garantir o mínimo da frota em circulação, mas muitos motoristas estão revoltados e insatisfeitos", disse o presidente do sindicato.

Na segunda-feira (27), os trabalhadores realizaram um protesto pacífico no Parque da Lagoa, tentando chamar a atenção da população para suas reivindicações. Apesar dos transtornos causados, Nunes reforçou que os motoristas não querem prejudicar os usuários do transporte público. "O problema é a postura intransigente dos empresários, que se recusam a atender às demandas da categoria. Queremos negociar, mas eles precisam valorizar o trabalhador."

A reunião de instrução, prevista para ocorrer nesta tarde, deve definir os próximos passos da paralisação. A expectativa é que uma nova proposta seja apresentada e levada à categoria para deliberação.



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