Após protestos, motociclista acusado de roubo deixa prisão em João Pessoa
A confusão gerou um desfecho que envolveu a Defensoria Pública e um pedido de habeas corpus, já que, inicialmente, não havia provas suficientes para comprovar a inocência do motoboy

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Josinaldo Santos, motociclista que estava realizando uma entrega na madrugada de terça-feira (20), foi preso após ser encontrado com uma moto roubada, com registro de furto. A moto, na verdade, era de uma empresa de locação e havia sido furtada anteriormente por dois criminosos. A prisão aconteceu após a polícia, que monitorava a moto, abordar Josinaldo.
Companheiros de trabalho e a família de Josinaldo protestaram em frente ao Fórum Criminal de João Pessoa nesta segunda-feira (20) pedindo que a prisão fosse revista.
De acordo com a versão do motociclista, ele foi assaltado enquanto realizava a entrega por volta da 1h da manhã, quando dois criminosos, também em uma moto, anunciaram o roubo. Os bandidos levaram a moto dele e deixaram a moto roubada, que estava com registro de furto. Josinaldo, em um ato de desespero, tentou recuperar sua moto e perseguiu os assaltantes, momento em que foi abordado pela polícia.
A confusão gerou um desfecho que envolveu a Defensoria Pública e um pedido de habeas corpus, já que, inicialmente, não havia provas suficientes para comprovar a inocência de Josinaldo. Durante a audiência de custódia, a prisão foi convertida em prisão preventiva, mas após o pedido de revogação, a juíza determinou sua liberação.
Após três noites em prisão no presídio do Roger, Josinaldo foi libertado, mas a experiência deixou marcas, principalmente o trauma de ter sido preso injustamente. A juíza foi quem revogou a prisão e expediu o alvará de soltura, impondo algumas cautelares para garantir o acompanhamento do processo.
Segundo o advogado de Josinaldo, ele estava em um momento de desespero, tentando recuperar a moto após o assalto, sem saber que ela era a mesma que estava registrada como furto. Embora tenha colaborado com a polícia, a situação foi mal interpretada inicialmente, colocando-o como suspeito de envolvimento no crime.
Após a liberação, Josinaldo não quis falar com a imprensa, pedindo um tempo para ficar com sua família e recuperar-se do trauma.