Primeiro nascimento de tartarugas marinhas em 2025 é registrado em João Pessoa
A iniciativa integra o projeto Tartarugas Urbanas, que atua em todo o litoral da Paraíba

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Na tarde desta quinta-feira (16), setenta e quatro tartarugas marinhas nasceram na praia do Bessa, em João Pessoa. O evento, realizado por voluntários da Associação Guajiru, marcou o primeiro nascimento público do ano e foi acompanhado por centenas de pessoas. A iniciativa integra o projeto Tartarugas Urbanas, que atua em todo o litoral da Paraíba.
O ninho onde ocorreu o nascimento está entre os 59 já identificados pelos voluntários nesta temporada, que teve início em novembro de 2024. As tartarugas nascidas pertencem à espécie Eretmochelys imbricata, conhecida como tartaruga-de-pente, que está ameaçada de extinção e é a mais comum no litoral paraibano.
Com o nascimento deste ninho, a temporada 2024/2025 já contabiliza 215 filhotes liberados, incluindo 38 da espécie Lepidochelys olivacea, ou tartaruga oliva. A bióloga e vice-presidente da Guajiru, Juliana Galvão, destacou os desafios enfrentados pelas tartarugas marinhas:
"Em 2024, apesar de termos tido um recorde de ninhos protegidos na história da ONG, houve uma queda na taxa de natalidade devido às mudanças climáticas. Esperamos que o ano de 2025 seja promissor para estes animais e compense a assustadora queda observada na temporada anterior."
Monitoramento e preservação
Os voluntários da Associação Guajiru realizam, diariamente, o monitoramento das praias para identificar e proteger os ninhos de tartarugas marinhas. Cada ninho é cercado, recebe uma placa de identificação com o selo da ONG e uma tela de proteção para garantir a segurança dos ovos. Os filhotes costumam nascer entre 50 e 60 dias após a desova, e os nascimentos, em sua maioria, ocorrem durante o dia, acompanhados pelos voluntários.
A população pode contribuir para a preservação das tartarugas marinhas ao evitar o descarte de lixo nas praias e no mar, além de respeitar as estruturas de proteção dos ninhos. Essas ações são fundamentais para garantir a sobrevivência das espécies ameaçadas e preservar a biodiversidade marinha.