Donald Trump toma posse como 47º presidente dos EUA nesta segunda-feira (20)
Republicano inicia novo mandato cercado por aliados superconservadores e magnatas

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Donald Trump toma posse nesta segunda-feira (20) como o 47º presidente dos Estados Unidos. Após vencer com folga as eleições de 2024, derrotando a democrata Kamala Harris, Trump assume com um governo marcado pela presença de superconservadores e magnatas, rompendo com a ala mais experiente do Partido Republicano, que foi crucial no primeiro mandato.
O evento de posse é iniciado quando Donald Trump entra no palco para fazer o juramento para o cargo perante o chefe da Suprema Corte, John Roberts, às 14h (horário de Brasília). Tradicionalmente, os eventos de posse são feitos em frente ao Capitólio dos EUA, no entanto, devido ao frio extremo na capital, a cerimônia acontecerá no interior do prédio.
Na sequência, Trump fará o discurso de posse, que segundo ele, será “edificante e unificador”. O que representa uma grande mudança em relação ao seu primeiro discurso de 2017, em que ele detalhou um país quebrado, descrito como “carnificina norte-americana”. Serão disponibilizados mais de 220 mil ingressos para o evento.
Trump quebrou protocolos para a cerimônia, tradicionalmente chamada de "Dia da Inauguração". Em vez de convidar apenas diplomatas, ele enviou convites diretos a governantes aliados, como o presidente argentino Javier Milei, destacando a nova estratégia de alianças globais baseadas em ideologias semelhantes.
Logo após a posse, o presidente deve assinar dezenas de ordens executivas. Entre elas, estão medidas anti-imigração que podem impactar brasileiros em situação irregular nos Estados Unidos, além de benefícios tributários para empresários que integram seu gabinete.
A abordagem inicial de Trump remete a primeira gestão, marcada por decretos polêmicos, como o veto a vistos para cidadãos de sete países muçulmanos e a ordem para construção do muro na fronteira com o México. Desta vez, no entanto, especialistas apontam que o republicano terá maior controle sobre o governo, com menos influência de figuras tradicionais do partido.