João Pessoa lidera alta da cesta básica nas capitais, diz Dieese
Seis produtos tiveram aumento de preço em todas as capitais
A pesquisa divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) revelou que o valor da cesta básica teve aumento em todas as capitais brasileiras durante 2024. João Pessoa liderou as altas, com 11,91% de aumento, seguida por Natal (11,02%), São Paulo (10,55%) e Campo Grande (10,41%). Porto Alegre registrou o menor aumento, com 2,24%.
São Paulo manteve o maior custo da cesta básica, alcançando R$ 841,29, seguida por Florianópolis (R$ 809,46), Porto Alegre (R$ 783,72) e Rio de Janeiro (R$ 779,84). As cidades das regiões Norte e Nordeste, que pesquisam 12 itens (um a menos que as demais capitais), apresentaram os menores valores: Aracaju (R$ 554,08), Salvador (R$ 583,89) e Recife (R$ 588,35).
O valor necessário para cobrir a cesta básica no final de 2024 foi de R$ 7.067,68, o que representa 5,01 vezes o salário mínimo vigente de R$ 1.412,00. Este valor foi superior ao necessário em novembro de 2024, que era R$ 6.959,31, e também em dezembro de 2023, quando foi registrado R$ 6.439,62.
Seis produtos tiveram aumento de preço em todas as capitais: carne bovina de primeira, leite integral, arroz agulhinha, café em pó, banana e óleo de soja. O DIEESE apontou que fatores como instabilidade climática, demanda externa e a desvalorização do real frente ao dólar influenciaram esses aumentos.
Em relação à jornada de trabalho, o trabalhador que recebe o salário mínimo precisou, em média, trabalhar 109 horas e 23 minutos em dezembro de 2024 para adquirir a cesta básica, o que representou um aumento em comparação às 107 horas e 58 minutos necessárias em novembro. Com o desconto da Previdência Social, a cesta básica comprometeu 53,75% do rendimento líquido em dezembro, contra 53,05% no mês anterior. Em São Paulo, a jornada necessária foi de 131 horas e 05 minutos, equivalente a mais de 16 dias de trabalho considerando uma jornada de 8 horas diárias.