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Detento é torturado e morto após ficar nu durante visita íntima na Paraíba

O delegado responsável pela investigação confirmou que os quatro detentos, com idades de 23, 24 e 43 anos, agiram de forma premeditada, e que eles responderão pelo crime de homicídio qualificado

Por Carlos Rocha Publicado em
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Detento é torturado e morto após ficar nu durante visita íntima na Paraíba

Um detento foi torturado por quatro colegas de cela na última sexta-feira (13), na Cadeia Pública de Princesa Isabel, Sertão da Paraíba, e acabou morrendo. A vítima, João Batista da Silva, de 42 anos, foi espancada, amordaçada e forçada a beber água suja do vaso sanitário, em um ato que durou várias horas.

De acordo com a Polícia Civil, o motivo para a agressão foi uma situação ocorrida durante uma visita íntima de um dos apenados. João teria sido visto caminhando nu no meio da cela, o que gerou a ira de seus colegas, que reagiram com violência extrema.

A agressão só foi descoberta no dia seguinte, quando os outros detentos informaram os carcereiros sobre o estado grave de saúde de João, que necessitava de atendimento médico. Ele foi encaminhado inicialmente para a UPA de Princesa Isabel, mas devido à gravidade dos ferimentos, foi transferido para o Hospital Regional de Patos, onde foi a óbito na quarta-feira (18).

O delegado responsável pela investigação confirmou que os quatro detentos, com idades de 23, 24 e 43 anos, agiram de forma premeditada, e que eles responderão pelo crime de homicídio qualificado, previsto no artigo 121, parágrafo 2º, inciso 2 e 6 do Código Penal Brasileiro. Eles já foram transferidos para o Presídio PB1, localizado em João Pessoa, um estabelecimento de alta segurança.

As prisões preventivas foram decretadas para evitar que os criminosos saiam durante o período de indulto de Natal. Cada um dos envolvidos pode ser condenado a até 30 anos de prisão. A investigação continua, e a Polícia Civil segue apurando os detalhes do caso, enquanto as autoridades destacam a gravidade da tortura que levou à morte de João Batista da Silva.



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