Paraíba registra redução de 8,6% nas mortes por Aids e amplia diagnóstico de HIV
Apesar do aumento de casos, a taxa de mortalidade no estado continua em queda, o que demonstra avanços no tratamento e prevenção
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Em 2023, a Paraíba registrou 161 mortes por aids, com uma redução de 8,6% na taxa de mortalidade nos últimos dez anos. O aumento de 4,5% nos casos de HIV no Brasil, também refletiu na detecção de mais casos no estado, em parte devido à ampliação da capacidade de diagnóstico. Apesar do aumento de casos, a taxa de mortalidade no estado continua em queda, o que demonstra avanços no tratamento e prevenção.
No perfil dos casos notificados em 2023, a Paraíba seguiu a tendência nacional, com 70,7% dos casos em homens, 63,2% em pessoas negras e pardas, e 53,6% em homens que fazem sexo com homens. A faixa etária mais afetada foi a de 20 a 29 anos, com 37,1% dos casos, similar aos números nacionais. Esses dados reforçam a necessidade de políticas públicas mais eficazes para a prevenção, especialmente para as populações mais vulneráveis.
A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), que ajuda na prevenção do HIV, também teve crescimento na Paraíba, com o número de usuários subindo de 386 em 2022 para 815 em 2024. Essa ampliação no uso da PrEP está diretamente ligada ao aumento do diagnóstico, contribuindo para os avanços na luta contra a aids no estado. A distribuição gratuita da medicação pelo SUS é uma das estratégias centrais para o controle da epidemia.
O Brasil como um todo atingiu a marca de 96% de pessoas diagnosticadas com HIV, superando as metas globais da ONU. Na Paraíba, o aumento nos diagnósticos e o acesso ao tratamento antirretroviral são essenciais para melhorar a qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV. O desafio agora é reintegrar os pacientes que interromperam o tratamento e garantir que mais pessoas tenham acesso ao cuidado necessário.
