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Estudo revela que 32% dos brasileiros não foram ao dentista no último ano

Segundo os dados, a escolaridade influencia diretamente o acesso ao dentista

Por Redação T5 Publicado em
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Estudo revela que 32% dos brasileiros não foram ao dentista no último ano

Um levantamento recente realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (ABIMO), em parceria com o Conselho Federal de Odontologia (CFO), revela uma realidade preocupante: 32% dos brasileiros não buscaram atendimento odontológico nos últimos 12 meses, evidenciando um abismo no acesso à saúde bucal. O estudo foi realizado entre dezembro de 2023 e dezembro de 2024 e aponta desigualdades significativas relacionadas à renda e à escolaridade.

Segundo os dados, a escolaridade influencia diretamente o acesso ao dentista. 75% das pessoas com ensino superior buscaram atendimento odontológico durante o período analisado, enquanto apenas 54% dos brasileiros com nível básico de escolaridade conseguiram acesso aos mesmos serviços.

A renda é outro fator que agrava as desigualdades. O levantamento indica que 80% dos brasileiros com rendimentos superiores a 10 salários mínimos realizaram consultas odontológicas regularmente. Entre aqueles que ganham até um salário mínimo, esse índice cai para 59%, um reflexo direto da dificuldade de acesso à saúde bucal para as camadas mais vulneráveis.

Além disso, o estudo traz à tona um contraste marcante entre os sistemas público e privado de atendimento odontológico no Brasil. Enquanto a rede privada atende 74% da população, apenas 23% dos brasileiros recorreram aos serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no período analisado. Essa disparidade evidencia a insuficiência da rede pública em atender às necessidades odontológicas da população, especialmente entre os mais pobres.

Para especialistas, os números ressaltam a necessidade de ampliar o investimento em políticas públicas de saúde bucal e a oferta de serviços odontológicos no SUS. “A saúde bucal é essencial para o bem-estar geral e não deve ser um privilégio para poucos”, afirmam.



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