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Percentual de brasileiros em imóveis alugados cresce mais de 50% em duas décadas, revela IBGE

Dados são do Censo Demográfico 2022, divulgado nesta quinta-feira (12)

Por Redação T5 Publicado em
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Percentual de brasileiros em imóveis alugados cresce mais de 50% em duas décadas, revela IBGE (Foto: Reprodução/Internet)

O Censo Demográfico 2022, divulgado nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela mudanças significativas no perfil habitacional do país. Mais de um quinto da população brasileira, ou 20,9%, residia em imóveis alugados no ano passado, um crescimento expressivo em relação a décadas anteriores. Em 2000, o índice era de 12,3%, subindo para 16,4% em 2010. Ainda assim, a maioria dos brasileiros vive em casas próprias, seja com imóveis quitados, herdados ou em financiamento, representando 72,7% da população.

Além disso, 5,6% dos brasileiros ocupavam residências cedidas ou emprestadas, enquanto apenas 0,8% estavam em condições diversas de moradia.

Estrutura dos domicílios brasileiros

A pesquisa destaca que 94,6% dos lares têm paredes externas construídas com alvenaria ou taipa revestida. Apenas uma fração ínfima (0,004%) das casas não possui paredes, realidade majoritariamente encontrada em comunidades indígenas.

Mudanças nos tamanhos das residências

O número de cômodos nas habitações também apresentou transformações ao longo das décadas. Em 2022, somente 9,0% dos domicílios possuíam até três cômodos, uma redução de 20 pontos percentuais desde 1970, quando o índice era de 29,1%.

Os lares com um único cômodo abrigavam 0,2% da população, enquanto os de dois cômodos representavam 1,5%. Residências com três cômodos eram o lar de 5,3%, e as com quatro cômodos, de 13,5%. A maioria, 44,4%, vivia em habitações com seis a nove cômodos, enquanto 5,9% residiam em domicílios com dez cômodos ou mais.

Infraestrutura e acesso a bens

Houve avanço expressivo no acesso a eletrodomésticos. A presença de máquinas de lavar roupas mais que dobrou desde 2000, atingindo 68,1% dos domicílios. Entretanto, persistem disparidades regionais. Enquanto Santa Catarina registra o maior índice de acesso ao equipamento (94,2%), o Maranhão apresenta apenas 27%.

Quanto à conectividade, 89,4% da população possui acesso à Internet em casa. Porém, comunidades indígenas continuam enfrentando desafios: 44,5% ainda não têm conexão. O Distrito Federal lidera em conectividade, com 96,2%, e o Acre ocupa a última posição, com 75,2%.

Desigualdades persistem

Os dados também evidenciam disparidades sociais. Entre a população preta e parda, quase 42% não possuem máquinas de lavar em casa, e o acesso à Internet é menor em comparação aos grupos brancos e amarelos.



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