Fogos de artifício versus TEA: especialista sugere alternativas para festas
Barulho intenso dos fogos pode desencadear crises sensoriais, ansiedade e grande desconforto
As festas de fim de ano, com seus tradicionais fogos de artifício, são marcadas por celebrações, mas podem representar um desafio para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O barulho intenso dos fogos pode desencadear crises sensoriais, ansiedade e grande desconforto, afetando negativamente o bem-estar de quem tem hipersensibilidade auditiva.
Segundo o psicólogo e coordenador do curso de Psicologia da Uninassau João Pessoa, Sócrates Pereira, o primeiro passo para minimizar esses impactos é compreender as necessidades do indivíduo com TEA. "Muitas dessas pessoas têm uma resposta exacerbada a estímulos sonoros, tornando os fogos de artifício extremamente desconfortáveis", explica Pereira.
Especialistas recomendam o uso de abafadores de ruído ou fones de ouvido para reduzir os efeitos do barulho. Além disso, criar um espaço tranquilo dentro de casa, onde a pessoa possa se refugiar caso necessário, também pode ajudar a garantir um ambiente mais acolhedor.
Outra solução é a adoção de fogos silenciosos, uma alternativa que oferece os mesmos efeitos visuais, mas sem o impacto sonoro, beneficiando não apenas pessoas com TEA, mas também idosos, bebês e animais de estimação.
As alternativas são vistas como passos importantes para tornar as celebrações mais inclusivas e respeitosas, promovendo um fim de ano mais acolhedor para todos.