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Dia Internacional do Voluntário

Conheça histórias de quem escolheu ajudar através do trabalho voluntário

Data surgiu para incentivar o voluntariado

Por Gilmara Dias Publicado em
Voluntario
Dia Internacional do Voluntário é celebrado nesta quarta (05) (Foto: Rede Social)

Nesta quinta-feira (05) é lembrado o Dia Internacional do Voluntário. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1985 para incentivar o voluntariado. Em um estudo realizado na Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança, ficou definido que o voluntário é um ator social e agente de transformação, que presta serviços não remunerados em benefício da comunidade, doando tempo e conhecimentos.

André Borba está no grupo de pessoas que se dedicam a ajudar quem precisa. Atualmente, ele é voluntário na Escola Sonho de Criança, um projeto social que começou durante a pandemia e tem mudado a vida de crianças em situação de vulnerabilidade no bairro das Indústrias, em João Pessoa. A iniciativa, que surgiu a partir de ações de solidariedade em uma ocupação com 38 famílias, hoje atende cerca de 60 crianças em uma sede própria, onde são realizadas atividades de reforço escolar e ações educativas. "Na época que era a ocupação, as crianças nem tinham costume de tomar banhos regulares. Então a gente passou a exigir isso, a tomar banho assim, né? Hoje eles chegam limpinhos, com fardamento, com material escolar tudo organizado. Isso foi mudando costumes, a gente vê um resultado", afirmou André.

Na escolinha, André fica responsável pelas compras dos produtos para as refeições, dá aula de matemática através do reforço escolar e fica junto com os outros voluntários na luta para conseguir doações. "Para mim, é um trabalho primordial. Você fazer um trabalho e ver que aquele seu trabalho está tendo algum resultado é fantástico. Não é só chegar entregar comida e ir embora, mas transformar vidas ali", relatou André.

Para quem quer ser voluntário existem várias formas de atuação. O Centro de Valorização da Vida (CVV), por exemplo, é um serviço voluntário gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo e anonimato. O atendimento é pelo telefone 188 (24 horas e sem custo de ligação), por chat, e-mail e pessoalmente.  Nestes canais, são feitos mais de 3 milhões de atendimentos anuais, por aproximadamente 3.500 voluntários, presentes em 20 estados, além do Distrito Federal.

Vera Motta é voluntária do CVV desde 2018. Ela viu a divulgação para novos voluntários na Tv e procurou se informar como se daria o procedimento. "Eu sempre tive um olhar para o outro, um olhar de estar junto, dizer algo, abraçar etc. Só que estava passando pelo processo de ser mãe e ser ativa na vida dos meu filhos. Eles cresceram e o meu desejo de ajudar também crescia junto. Eu sempre dizia para mim mesma 'vai chegar o momento'. Esse momento surgiu, eu fiz a inscrição, o curso e fui ser voluntária", contou Vera.

Para Vera é indescritível estar disponível para escutar o outro com respeito, aceitação, compreensão e, principalmente, com o sigilo absoluto de tudo que é conversado. "Eu amo o trabalho como voluntária que desempenho e procuro me qualificar mais. Nos atendimentos, eu saio com o sentimento de gratidão de estar ali no meu plantão para atender todos que procuram esses serviços", disse.

Segundo a psicóloga Gisele Dias, realizar trabalhos voluntários é um ato em que todos saem ganhando. "A prática de trabalho voluntário está ligada aos conceitos de altruísmo e uma visão empática do outro. Comprovadamente, proporciona mais sensação de bem estar e felicidade, tanto pela prática direta como pelos seus efeitos, já que pessoas empáticas nutrem relacionamentos mais felizes", explicou a psicóloga.



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