Não havia outras lesões aparentes além das do acidente, diz IML sobre casal em moto
Exames complementares de alcoolemia e toxicologia foram solicitados para complementar a análise pericial
A morte de Guilherme Pereira Rodrigues, de 18 anos, e Ana Luiza, de 17 anos, em um acidente motociclístico na rodovia que dá acesso à Praia do Sol, em João Pessoa, levanta dúvidas sobre as reais causas do ocorrido. O caso aconteceu na madrugada do último sábado (30) e está sendo investigado pela polícia e pela perícia.
De acordo com informações do Chefe do Núcleo de Medicina e Odontologia Legal, Flávio Fabres, os corpos foram submetidos a exames tanatoscópicos e apresentaram traumatismo crânioencefálico e de extremidades. O jovem também sofreu traumatismo na bacia, tórax e extremidades. Não foram encontradas outras lesões aparentes além dessas. Exames complementares de alcoolemia e toxicologia foram solicitados para complementar a análise pericial.
A principal hipótese inicial aponta para uma colisão com um poste durante uma suposta tentativa de fuga de uma blitz policial, ocorrida por volta das 2h. No entanto, familiares das vítimas relatam a possibilidade de que o casal tenha sido atingido por disparos de arma de fogo antes do impacto.
O advogado da família destacou que evidências, como a baixa velocidade da colisão, e os relatos de testemunhas levantam dúvidas sobre o envolvimento de terceiros. O acidente foi registrado por câmeras de segurança, cujas imagens estão sendo analisadas pelas autoridades.
Conforme informações preliminares, Guilherme, que não possuía habilitação e estava prestes a iniciar as aulas práticas para obtê-la, conduzia a moto com Ana Luiza na garupa. Eles faziam parte de um grupo de quatro motocicletas, cada uma com um casal.
A Polícia Militar informou que aguarda os resultados dos laudos periciais para se pronunciar sobre a suposta ocorrência de disparos. O caso está sob a responsabilidade da Delegacia de Acidentes de Trânsito, que busca esclarecer as circunstâncias exatas do acidente e apurar eventuais responsabilidades.
O laudo definitivo do Instituto de Polícia Científica (IPC) deve ser concluído em até 10 dias.