Acusados de matar adolescente em João Pessoa enfrentam júri popular nesta terça-feira (3)
O caso aconteceu em novembro de 2022 e chamou atenção pela gravidade dos indícios, que incluem o possível esquartejamento
Os acusados de envolvimento no desaparecimento e morte do adolescente Pedro Gabriel, de 17 anos, vão a júri popular nesta terça-feira (3), em João Pessoa. O caso aconteceu em novembro de 2022 e chamou atenção pela gravidade dos indícios, que incluem o possível esquartejamento e sepultamento em um cemitério clandestino no bairro do Cristo Redentor.
Apesar das investigações realizadas pela Polícia Civil e do uso de cães farejadores, o corpo do adolescente não foi encontrado, e ele permanece desaparecido. O caso levou à prisão de integrantes de uma facção criminosa, entre eles dois suspeitos agora levados a julgamento.
Contexto da investigação
Pedro Gabriel desapareceu em novembro de 2022, e buscas foram realizadas em uma área clandestina do cemitério do Cristo Redentor, mas sem sucesso na localização do corpo. No mês seguinte, uma operação policial prendeu mais de oito pessoas ligadas a crimes como homicídios e tráfico de drogas, sendo dois dos detidos apontados como suspeitos diretos do desaparecimento do adolescente.
A ausência do corpo levanta discussões sobre a materialidade do crime, mas o Ministério Público baseia sua acusação em indícios robustos de participação dos acusados no desaparecimento e morte. A defesa, por outro lado, deve argumentar com base na ausência de provas físicas diretas, como o corpo da vítima.
Julgamento e repercussão
O júri ocorre quase dois anos após o desaparecimento do jovem e envolve acusações de participação em crimes atribuídos à facção que atuava na região. O caso é comparado a outros julgamentos de repercussão nacional, como o do goleiro Bruno, em que o corpo da vítima também não foi encontrado.
A expectativa é de um debate jurídico intenso, com a promotoria sustentando a acusação por meio de evidências indiretas e testemunhos, enquanto a defesa deve contestar com base na ausência de provas materiais.
O julgamento será acompanhado de perto devido ao impacto que o caso teve na época, além de sua relevância para o combate à violência e à criminalidade organizada na capital paraibana.