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João Pessoa pode ter embarcações limitadas para preservação de recifes de corais

O assunto foi discutido em uma audiência pública, realizada pelo MPF, para tratar da regulamentação das atividades turísticas nos recifes costeiros

Por Carlos Rocha Publicado em
Equipes vistoriaram catamarans
João Pessoa pode ter embarcações limitadas para preservação de recifes (Imagem: Divulgação)

O Ministério Público Federal (MPF) realizou, no último dia 21 de novembro, uma audiência pública para tratar da regulamentação das atividades turísticas nos recifes costeiros de João Pessoa (PB). O evento reuniu representantes de órgãos públicos, pesquisadores, operadores turísticos, ativistas ambientais e membros da sociedade civil para discutir medidas que garantam a preservação ambiental e a sustentabilidade do turismo na região.

Os recifes são formações rochosas submersas, localizadas em águas oceânicas, próximas ou ligadas à costa. Essas estruturas são essenciais para o equilíbrio biológico, abrigando uma grande diversidade marinha, e atuam como barreiras que protegem a costa de tempestades e erosões.

O procurador da República Renan Paes Félix destacou a importância de estudos científicos para orientar políticas públicas, como o mapeamento dos recifes e a análise da biodiversidade marinha. Durante o evento, foi apresentado um panorama das práticas turísticas locais e debatidos os impactos ambientais causados pela alta demanda de visitantes.

A professora Cristiane Sassi, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), compartilhou dados de pesquisas que apontam os danos causados aos recifes por práticas inadequadas de turismo. Entre as propostas apresentadas, destacou-se a necessidade de estudos para determinar a capacidade de visitação e a criação de medidas para regulamentar o uso dos recifes.

Principais propostas discutidas

Entre os temas debatidos, foram destacados:

  • Estudos para controle de fluxo: Definir limites diários de visitantes e embarcações para reduzir impactos ambientais.
  • Educação ambiental: Orientar visitantes e operadores turísticos sobre práticas de preservação.
  • Fiscalização e regulamentação: Fortalecer a atuação de órgãos ambientais, como Sudema e Ibama, para garantir o cumprimento das normas.
  • Capacitação de operadores turísticos: Promover treinamentos para unificar as informações repassadas aos visitantes.

Plano emergencial

Representantes da Sudema apresentaram um plano de ação emergencial, que deverá entrar em vigor no verão de 2024/2025. As medidas incluem:

  • Delimitação de áreas para embarcações.
  • Sinalização informativa.
  • Treinamento de operadores turísticos.
  • Monitoramento dos recifes.

Encaminhamentos

Como resultado da audiência, foram estabelecidas ações prioritárias, como:

  1. Finalizar e publicar o plano emergencial até janeiro de 2025.
  2. Implementar sinalizações e identificação de embarcações licenciadas.
  3. Promover a educação ambiental e intensificar a fiscalização.
  4. Dar continuidade às pesquisas sobre os recifes pela UFPB.
  5. Criar um fórum permanente para debates sobre o tema.

O MPF reforçou o compromisso de acompanhar a execução das medidas e realizar novas discussões para assegurar o equilíbrio entre o turismo e a preservação dos recifes costeiros de João Pessoa.



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