Cactáceas do antigo aeroclube são resgatadas para preservação em João Pessoa
O objetivo da ação é preservar espécies típicas da restinga nordestina, que estão sendo impactadas pela urbanização da área
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam), por meio da Diretoria de Estudos e Pesquisas Ambientais (DIEP), deu início ao resgate de cactáceas na vegetação remanescente do antigo Aeroclube, futuro Parque da Cidade. O objetivo da ação é preservar espécies típicas da restinga nordestina, que estão sendo impactadas pela urbanização da área.
Durante a operação, foram identificadas onze espécies locais, incluindo o cardeiro-da-praia (Cereus fernambucensis), o mandacaru (Cereus jamacaru) e o facheiro-da-praia (Pilosocereus catingicola), esta última com importância ambiental por ser endêmica da região. O resgate dessas cactáceas visa garantir a continuidade da flora local, promovendo a preservação de uma vegetação ameaçada pela expansão urbana.
As plantas resgatadas serão cuidadas no Viveiro Florestal de João Pessoa e, após um processo de secagem e enraizamento, serão reintroduzidas no Parque da Cidade ou em outras áreas protegidas com características ambientais semelhantes. O trabalho é conduzido por uma equipe de biólogos e engenheiros ambientais, que acompanharão o desenvolvimento das mudas por 12 a 20 meses para garantir sua adaptação ao novo ambiente.
A ação tem implicações diretas na preservação da biodiversidade da região e no fortalecimento da sustentabilidade ambiental. Ao proteger essas espécies, a Prefeitura de João Pessoa busca mitigar os impactos da urbanização e preservar o equilíbrio ecológico, além de garantir que a população tenha acesso a áreas verdes com uma flora nativa preservada.
O uso de materiais específicos como facões, serras, luvas de couro e frascos de canela em pó é parte do processo para garantir o adequado tratamento das plantas, enquanto o monitoramento contínuo visa assegurar a viabilidade das cactáceas no novo habitat.