WhatsApp lidera como principal canal de vendas das empresas brasileiras
A pesquisa também destacou que 41% dos empresários investem em divulgação, com destaque para anúncios pagos no Instagram e Facebook (21%)
Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revelou que o WhatsApp é o principal canal de vendas para 67% das empresas do setor de comércio e serviços no Brasil. Redes sociais ocupam o segundo lugar (57%), seguidas pelas lojas físicas ou escritórios (47%) e pelos sites (12%).
A pesquisa também destacou que 41% dos empresários investem em divulgação, com destaque para anúncios pagos no Instagram e Facebook (21%). Outros métodos incluem panfletagem (13%), anúncios no Google (11%) e em marketplaces (4%). A média mensal destinada à divulgação é de R$ 880.
Os desafios para o crescimento empresarial também foram analisados. Entre os principais, 49% citaram a alta carga tributária, 41% mencionaram a tributação elevada sobre a folha de pagamento e 27% apontaram a dificuldade em obter crédito. Além disso, problemas de segurança foram citados por 13%.
Mesmo diante das dificuldades, os empresários destacaram avanços no primeiro semestre deste ano. Entre as situações positivas, 49% relataram aumento nas vendas, 42% realizaram investimentos para crescimento, e 36% construíram reservas financeiras. Por outro lado, enfrentaram desafios como cortes no orçamento (43%), inadimplência (18%) e demissões (14%).
A confiança no futuro é evidente: 69% dos entrevistados estão confiantes ou muito confiantes no crescimento de seus negócios nos próximos seis meses. No entanto, 44% consideram que as condições econômicas do país pioraram no último semestre.
Entre os investimentos realizados nos últimos seis meses, destacam-se a compra de equipamentos e maquinário (22%), propaganda digital (22%) e ampliação do estoque (20%).
O acesso ao crédito foi outro ponto relevante: 50% dos entrevistados consideram difícil ou muito difícil obter crédito para suas empresas, e 64% não pretendem contratar crédito nos próximos três meses. Entre os que buscaram crédito, a finalidade principal foi a formação de capital de giro (42%).
A pesquisa, realizada entre os dias 9 e 31 de julho de 2024, contou com 562 empresários de todo o país, abrangendo empresas de todos os portes nos setores de comércio varejista e serviços. A margem de erro é de 4,1 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.
E-commerce no Brasil
O comércio eletrônico no Brasil manteve sua trajetória de crescimento em 2023, registrando um volume de negócios de R$ 196,1 bilhões, o que representa um aumento de 4% em relação a 2022, quando foram movimentados R$ 187,89 bilhões. Desde 2016, o setor mais que quintuplicou, consolidando-se como uma das principais forças do varejo nacional.
Os dados são do Observatório do Comércio Eletrônico Nacional, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), e foram divulgados na última terça-feira (3/9), em Brasília, durante a III Reunião da Câmara de Comércio e Serviços Conectados ao Varejo (FMCS).
O levantamento destaca diferenças regionais no desempenho do e-commerce. O Sudeste liderou as vendas online, com 73,5% do total, seguido pelas regiões Sul (15,2%), Nordeste (7%), Centro-Oeste (3%) e Norte (1,3%). Quanto à origem das compras, o Sudeste também predominou, respondendo por 55,6% dos negócios, seguido por Sul (16,8%), Nordeste (15,8%), Centro-Oeste (8,3%) e Norte (3,3%).
Os produtos mais vendidos variaram conforme o estado, com destaque para smartphones, liderando em 16 unidades da federação, incluindo São Paulo, Bahia e Pernambuco. Outros itens, como refrigeradores e congeladores combinados e automóveis, também se destacaram em algumas regiões.