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Oito pessoas são detidas suspeitas de tortura e cárcere privado, em Campina Grande

Segundo o MPPB, alguns dos profissionais do centro se apresentavam como enfermeiros e fisioterapeutas, mas, não possuíam as credenciais profissionais adequadas para atuar nessas áreas

Por Redação T5 Publicado em
O investigado era um dos alvos da Operação Êxodo, deflagrada em Solânea no dia 12 deste mês
Oito pessoas são detidas suspeitas de tortura e cárcere privado, em Campina Grande (Imagem: Reprodução / Redes Sociais)

Uma operação realizada em um centro terapêutico no bairro Alto Branco, em Campina Grande, resultou na prisão de oito pessoas e no resgate de 20 internos que, segundo as investigações, estariam sendo mantidos sob condições irregulares. A ação foi coordenada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), que solicitou apoio da Polícia Civil e de órgãos como a Anvisa para uma inspeção de rotina no estabelecimento.

Durante a vistoria, a delegada responsável encontrou fortes indícios de tortura, cárcere privado e maus-tratos. Segundo as informações preliminares, os internos eram mantidos no local contra a vontade, sem terem assinado um termo de voluntariedade.

Em depoimentos, alguns dos internos relataram que foram submetidos a alimentação precária e que teriam recebido medicações sem prescrição médica, o que, em alguns casos, levou ao doping involuntário por até três dias seguidos. As substâncias administradas incluíam o Diazepam, um sedativo utilizado para tratamento de ansiedade e insônia, misturado com outros medicamentos.

Ainda segundo o MPPB, alguns dos profissionais do centro se apresentavam como enfermeiros e fisioterapeutas, mas, de acordo com as investigações, não possuíam as credenciais profissionais adequadas para atuar nessas áreas, o que levanta suspeitas de exercício ilegal da profissão.

Os familiares de alguns dos internos também foram surpreendidos pelas denúncias. Em entrevista, uma mãe afirmou que o filho relatava estar "de boa" no local, mas notou situações suspeitas envolvendo outros internos. "Quando ele via algumas coisas acontecendo com os outros internos, ficava na dele, só observando, sem se envolver", disse.

Os presos, incluindo administradores e funcionários do centro terapêutico, permanecem detidos na Central de Polícia em Campina Grande, onde estão sendo ouvidos. As acusações incluem tortura, cárcere privado e prática irregular da medicina e de outras profissões de saúde.



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