Oito anos da Chacina de Pioz: Patrick Nogueira segue isolado na prisão após transferências
O vigilante que encontrou a cena do crime deu entrevista à imprensa espanhola e relembrou detalhes do caso
No último dia 21 de outubro, a prisão do autor do crime que chocou a cidade de Pioz, na Espanha, completou um ano. Em 2016, o paraibano Patrick Nogueira, aos de 20 anos na época, matou brutalmente seus tios e também seus primos menores de idade. Além disso, ele desmembrou os corpos, armazenando-os em bolsas plásticas. O caso, que ficou conhecido como o "A Chacina de Pioz", trouxe à tona detalhes macabros e levantou questões sobre o comportamento frio e calculista do autor, que chegou a relatar o crime ao amigo Marvin Henriques, que estava no Brasil, por meio de mensagens de WhatsApp.
O crime aconteceu em 17 de agosto de 2016. O casal de paraibanos Marcos Nogueira e Janaína Américo, e os filhos dele, uma menina de quatro anos e um menino de um ano, foram mortos e esquartejados por Patrick, sobrinho de Marcos, na casa em que o casal morava, em Pioz, na região de Guadalajara, na Espanha.
Após um mês do crime, em setembro, os corpos foram descobertos por um vigilante, alertado pelo forte odor que exalava do chalé onde a família residia. Ao entrar na casa, o cenário era devastador: seis bolsas plásticas contendo restos humanos foram encontradas, rodeadas por moscas e sangue. Nogueira, que havia fugido para o Brasil logo após o crime, retornou à Espanha em outubro de 2016 e foi preso ao desembarcar.
Julián Jiménez, foi o vigilante que encontrou a cena macabra e acionou as autoridades de Pioz. Ele foi entrevistado pelos apresentadores do programa Juntos, do canal de TV espanhol Telemadrid. Ele contou o quanto, depois de tanto tempo, as cenas que viu naquela ocasião não saem da sua mente. Além disso, ele narrou em detalhes como encontrou o ambiente.
O destino de Patrick
Durante o julgamento, em 2018, a Audiência Provincial de Guadalajara condenou Patrick a três penas de prisão permanente revisável, além de uma pena de 25 anos. No entanto, em 2019, a pena foi reduzida para apenas uma prisão permanente revisável. Em maio de 2020, o Tribunal Supremo restaurou a sentença inicial, ampliando novamente para três as penas de prisão permanente revisável.
Nos anos seguintes, Nogueira enfrentou incidentes dentro das prisões espanholas, incluindo agressões por outros detentos, e foi transferido entre diversas unidades carcerárias. Recentemente, em abril deste ano, ele foi encaminhado ao centro penitenciário de Aranjuez, em Madri, onde se encontra em um módulo de respeito, devido ao risco elevado de segurança.