Pastor preso sob suspeita de abusos morre após ser transferido para hospital; pai denuncia envenenamento
De acordo com o pai, Jefferson teria passado mal dentro da unidade penitenciária e foi supostamente medicado com um "coquetel" oferecido por outros detentos
Jefferson Batista, de 43 anos, pastor e suspeito de abusar de adolescentes na cidade de Bayeux, morreu após ser transferido do presídio Sílvio Porto para o Complexo Hospitalar de Mangabeira (Trauminha) na última segunda-feira. Preso na semana anterior e após passar por uma audiência de custódia, ele sofreu uma piora em seu estado de saúde. Em entrevista exclusiva, o pai de Jefferson, José de Amorim, denunciou possíveis maus-tratos sofridos pelo filho no presídio.
De acordo com o pai, Jefferson teria passado mal dentro da unidade penitenciária e foi supostamente medicado com um "coquetel" oferecido por outros detentos, o que levanta suspeitas de envenenamento. “Disseram que deram um coquetel, e ele sentiu dores fortes no peito. Depois que o levaram (para o hospital), ele já desceu morto”, afirmou José, reforçando a possibilidade de que a morte tenha sido provocada.
O pastor, que segundo o pai estava com boa saúde antes da prisão, foi encaminhado ao Trauminha após o agravamento dos sintomas, mas não resistiu. José de Amorim também alegou que Jefferson vinha sofrendo ameaças e teme que a morte possa ter sido intencional. A Secretaria de Administração Penitenciária informou que o caso está sob investigação para esclarecer as circunstâncias exatas da morte.
José afirmou que as acusações contra o filho eram falsas e motivadas por mentiras. A família, que aguarda o laudo cadavérico para obter respostas sobre a causa da morte, realizará o velório de Jefferson em Tibiri, região metropolitana de João Pessoa, com liberação do corpo prevista para hoje.