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Caso Fernando Cunha Lima: audiência de instrução acontece nesta terça-feira (29)

Denúncias começaram a se realizadas em setembro e médico é considerado réu pelo crime de abuso sexual contra menores.

Por Redação T5 Publicado em
Fernando cunha lima depoimento foto reproducao tv tambau
Foto: Reprodução/TV Tambaú

A Justiça da Paraíba marcou para esta terça-feira (29) a audiência de instrução e julgamento do médico pediatra Fernando Paredes Cunha Lima, de 81 anos, acusado de estupros em série contra crianças, em João Pessoa. Os abusos teriam sido cometidos a anos, mas as denúncias só foram registradas em 2024.

A audiência vai acontecer na 4ª Vara Criminal Fórum Criminal da Comarca de João Pessoa. Na sessão, são esperados depoimentos de oito testemunhas de acusação, oito testemunhas de defesa, duas vítimas e o próprio médico. A defesa de Fernando Cunha Lima informou que ele está doente e vai participar da audiência em uma sala online.

De acordo com as investigações da Polícia Civil, Fernando Paredes Cunha Lima cometia crimes sexuais contra crianças durante atendimento em seu consultório, em João Pessoa. A maioria das vítimas era pacientes bebês dos quais ele tinha confiança das famílias.

Além dos abusos cometidos contra pacientes, o médico também teria abusado da própria sobrinha, que após repercussão das denúncias, procurou os veículos de imprensa para revelar um assédio acontecido em 1991, quando ela ainda era criança. Como o crime prescreveu, os depoimentos dela não foram considerados para o inquérito policial.

Após as primeiras denúncias no mês de setembro, em agosto, a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou Fernando Paredes Cunha Lima réu pelos crimes de abuso sexual infantil.

Apesar da série de acusações, com depoimentos de familiares das vítimas, e pedidos de prisão preventivas do médico realizados pela Polícia Civil, o judiciário negou pelo menos cinco pedidos de prisão e o pediatra responde pelos crimes em liberdade, sob medidas cautelares.

Por conta das investigações, Fernando Paredes Cunha Lima teve o CRM suspenso pelo Conselho Federal de Medicina, está afastado das atividades médicas, e o Ministério Público requereu o pagamento de 400 salários mínimos a cada vítima, a título de indenização pelos crimes sofridos.



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