Sindicato dos Médicos na Paraíba alerta para agressões físicas e assédios de gestores
Em 2023, o Brasil registrou quase 4 mil casos de agressão a médicos, uma média de 11 ocorrências por dia
A violência contra médicos é um problema crescente no Brasil, com um caso registrado a cada três horas. Na Paraíba, a situação também é alarmante. Segundo levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM), entre 2013 e 2024, 4,9 médicos para cada mil foram vítimas de agressões físicas ou verbais no estado. De 2023 até agora, já foram registrados 68 boletins de ocorrência, que incluem ameaças, lesão corporal, desacato, injúria, calúnia, difamação, constrangimento, perturbação e furto.
O presidente do Sindicato dos Médicos da Paraíba, Dr. Tarcísio Campos, ressalta que a violência vai além das agressões físicas, envolvendo também assédios por parte de gestores de unidades de saúde. Segundo ele, muitos profissionais são atacados, seja por pacientes insatisfeitos com o sistema de saúde ou pela falta de recursos nos hospitais. "Infelizmente, a população transfere sua raiva pela ineficiência do sistema para os médicos", afirmou.
Dr. Tarcísio orienta que, em situações de ameaça, os profissionais devem evitar reações, procurando a administração da unidade, chamando a segurança e contatando o sindicato e o Conselho Regional de Medicina. O SIMED-PB promoverá um fórum para discutir a violência nas unidades de saúde, ressaltando a necessidade de conscientização tanto dos médicos quanto da população.
Em nível nacional, o cenário também preocupa. Em 2023, o Brasil registrou quase 4 mil casos de agressão a médicos, uma média de 11 ocorrências por dia. As mulheres são as principais vítimas, correspondendo a 47% dos casos.