Brasil é um dos países mais estressados do mundo, aponta pesquisa
Realizada entre julho e agosto de 2024, a pesquisa contou com a participação de 23.667 adultos de 18 a 74 anos de idade
O Brasil está entre os países com os maiores índices de estresse no mundo, de acordo com uma pesquisa recente do Instituto Ipsos. O estudo, que analisou dados de 31 países, coloca o Brasil na quarta posição no ranking global, ficando atrás da Suécia (1º), Turquia (2º) e Polônia (3º).
Segundo o relatório, 42% dos brasileiros disseram que sentiram estresse várias vezes ao longo de 2024. Esse número é muito próximo do que foi registrado em 2023 (43%), indicando que o problema persiste em níveis elevados. Além disso, 32% afirmaram ter ficado estressados pelo menos uma vez no ano, enquanto apenas 26% relataram não terem sentido estresse.
O dado mais preocupante é que 41% dos brasileiros disseram que, em algum momento, o estresse foi tão intenso que eles não conseguiram lidar com as tarefas diárias. Embora esse número seja um pouco menor do que o registrado no ano anterior (48%), ele ainda coloca o Brasil na terceira posição entre os países onde as pessoas se sentem mais sobrecarregadas.
No contexto da saúde, 54% dos brasileiros apontaram a saúde mental como o principal problema de saúde no país atualmente. A pesquisa também mostrou que 75% da população acredita que a saúde mental é tão importante quanto a saúde física, demonstrando uma crescente conscientização sobre o tema.
O estresse no cenário global
A pesquisa revelou que o estresse é um problema que afeta pessoas em várias partes do mundo. Em média, 62% da população global disse ter se sentido estressada em 2024, com a Turquia registrando o maior índice de estresse (76%) e o Japão o menor (44%).
O estresse afeta mais as mulheres do que os homens em quase todos os países analisados. Globalmente, 66% das mulheres relataram sentir estresse, em comparação com 58% dos homens.
A Geração Z (nascidos entre 1995 e 2010) é a mais impactada pelo estresse. Mais da metade desses jovens (54%) afirmou que, em algum momento do ano, o estresse foi tão grande que afetou sua capacidade de trabalhar. Entre as mulheres da Geração Z, o impacto emocional foi ainda maior, com muitas relatando sintomas de depressão ligados ao estresse.
O Instituto Ipsos ressaltou que a saúde mental continua sendo a principal preocupação em muitos países. Globalmente, 45% das pessoas identificam a saúde mental como um dos maiores problemas de saúde pública, seguida pelo câncer (38%) e pelo próprio estresse (31%).
