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João Pessoa intitui Programa de Conscientização do Câncer Colorretal

O objetivo é alertar a população sobre a importância da colonoscopia para a prevenção e o diagnóstico precoce da doença

Por Carlos Rocha Publicado em
Leito para tratamento da Covid-19
João Pessoa intitui Programa de Conscientização do Câncer Colorretal (Imagem: Reprodução / Governo Federal)

Foi publicada nesta quinta-feira (3), no Diário Oficial do Município de João Pessoa, a Lei que institui o Programa de Conscientização do Câncer Colorretal. O objetivo é alertar a população sobre a importância da colonoscopia para a prevenção e o diagnóstico precoce da doença.

O programa é vinculado à Secretaria de Planejamento do Município de João Pessoa (SEPLAN) e prevê a criação de uma Comissão Especial de Licitação (CEL) para operacionalizar as ações de conscientização. Além disso, serão desenvolvidas atividades informativas, como palestras, seminários e audiências públicas, com foco na disseminação de conhecimento sobre os fatores de risco e cuidados preventivos.

A iniciativa contará com a cooperação de entidades internacionais, como a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID) e a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), que auxiliarão no financiamento e execução dos projetos.

O número de internações por câncer de intestino aumentou 64% nos últimos dez anos, tornando-se o segundo tipo mais comum da doença entre homens e mulheres, logo atrás do câncer de próstata e mama, respectivamente. Artistas como Preta Gil, Simony, Conrado e Emílio Surita foram diagnosticados com a doença.

Especialistas apontam a alimentação e o estilo de vida como as principais causas desse crescimento significativo. Um levantamento inédito realizado por sociedades médicas revelou que a dieta rica em alimentos ultraprocessados e pobre em fibras, juntamente com o sedentarismo, tabagismo e alcoolismo, são fatores que contribuem para o aumento dos casos de câncer colorretal.

Entre 2012 e 2021, foram registradas 657.183 hospitalizações no Sistema Único de Saúde (SUS) para tratar a doença, representando um crescimento de 64% nesse período. Além disso, os dados de mortalidade mostram um aumento de 40% nos óbitos relacionados a esse tipo de câncer em 2021, com 19.924 registros.

A má qualidade da alimentação e o consumo excessivo de álcool, tabaco e alimentos ultraprocessados têm sido associados ao câncer colorretal em diversos estudos científicos. O consumo de feijão com arroz, considerado uma refeição saudável, diminuiu significativamente, enquanto os alimentos industrializados e as bebidas alcoólicas apresentaram aumento na ingestão.

A obesidade, o consumo de carne processada e a falta de frutas, verduras e legumes também são fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de intestino. A prevenção da doença envolve a adoção de hábitos saudáveis, como manter o peso corporal adequado, praticar atividade física regularmente e seguir uma alimentação balanceada, rica em fibras e alimentos naturais.

O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento. Os principais sintomas incluem presença de sangue nas fezes, dor abdominal persistente, alterações no ritmo intestinal, emagrecimento rápido e anemia. Exames como o de sangue oculto nas fezes e a colonoscopia são utilizados para confirmar o diagnóstico.

O tratamento do câncer de intestino geralmente envolve cirurgia, radioterapia e quimioterapia, dependendo do estágio da doença. O Sistema Único de Saúde oferece diagnóstico e tratamento, contando com hospitais especializados em oncologia em todo o país.



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