Padre Egídio pode voltar à prisão após denúncias de irregularidades em prisão domiciliar
O pedido do Gaeco será analisado pela 4ª Vara Criminal da Capital e está sob a responsabilidade do desembargador Ricardo Vital, do TJPB
O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba (MPPB), entrou com um pedido na Justiça para que o padre Egídio de Carvalho Neto retorne à prisão. A solicitação foi feita após o religioso ser acusado de descumprir medidas judiciais impostas durante o período em que cumpre prisão domiciliar. Padre Egídio é investigado por envolvimento em um esquema de desvio milionário de recursos do Hospital Padre Zé, em João Pessoa.
O padre, que atuou como ex-diretor da instituição, foi detido anteriormente na Penitenciária Especial do Valentina Figueiredo, mas, em abril deste ano, teve a prisão convertida em domiciliar após relatar problemas de saúde. No entanto, o Gaeco alega que, mesmo em prisão domiciliar, o padre continuou a agir de maneira irregular, contrariando as ordens judiciais.
++ Padre Egídio de Carvalho violou medidas cautelares impostas pela Justiça
Entre os indícios apresentados pelo Gaeco, estão os depoimentos de locatários de imóveis pertencentes ao padre, que afirmam ter recebido solicitações para realizar os pagamentos dos aluguéis diretamente em contas indicadas pelos advogados do religioso. Essa prática, segundo as investigações, desrespeita a medida de bloqueio de bens imposta pela Justiça.
O pedido do Gaeco agora será analisado pela 4ª Vara Criminal da Capital e está sob a responsabilidade do desembargador Ricardo Vital, do Tribunal de Justiça da Paraíba. Caso aceito, o padre Egídio deverá ser recolhido novamente ao sistema prisional.