Justiça decide manter prisão de Raíssa Lacerda e outras acusadas na Operação Território Livre 2
As investigações que levaram às prisões começaram na semana passada, após a apreensão de R$ 35 mil em espécie, além de documentos, contracheques de funcionários públicos e aparelhos celulares
Após audiência de custódia realizada na manhã desta quinta-feira (19), no Fórum Criminal de João Pessoa, ficou decidido que a vereadora Raissa Lacerda continuará presa e será encaminhada ao presídio Júlia Maranhão, assim como Taciana Batista do Nascimento, Kaline Neres do Nascimento Rodrigues e Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos presas na mesma operação.
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As mulheres foram detidas durante a segunda fase da Operação Território Livre, que investiga uma organização criminosa atuante no aliciamento violento de eleitores em João Pessoa. A operação foi deflagrada pela Polícia Federal e faz parte de um esforço conjunto para combater crimes eleitorais na capital paraibana.
As investigações que levaram às prisões começaram na semana passada, após a apreensão de R$ 35 mil em espécie, além de documentos, contracheques de funcionários públicos e aparelhos celulares. Com base nas provas colhidas, a Polícia Federal teria identificado uma organização criminosa bem estruturada, que utilizava de métodos violentos para influenciar o resultado das eleições.
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Em nota, a assessoria da vereadora Raissa Lacerda negou qualquer envolvimento da parlamentar com as demais acusadas e afirmou que as acusações fazem parte de uma suposta perseguição política. "Raissa é inocente e tem como provar. Ela está sendo vítima de uma ardilosa perseguição eleitoral", diz um trecho do comunicado.
O advogado Felipe Pedrosa, responsável pela defesa de Pollyana Monteiro e Taciana Batista, divulgou uma nota informando que espera a revogação da prisão das investigadas. "Estamos confiantes de que, nas próximas horas, a Justiça Eleitoral, ao analisar detidamente todos os fatos e provas apresentados, reconhecerá a desnecessidade das prisões e as revogará, permitindo que Pollyana e Taciana respondam ao processo em liberdade, tal como assegurado pela Constituição."