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"varíola dos macacos"

Paraíba investiga novo caso suspeito de Mpox; Brasil ultrapassa mil confirmados

Na Paraíba, dos 819 casos notificados desde o início do surto, em 2022, até agora, apenas 108 foram confirmados, sendo um deles em 2024

Por Carlos Rocha Publicado em
Formas de prevenção são discutidas
Paraíba investiga novo caso suspeito de Mpox; Brasil ultrapassa mil confirmados (Imagem: Reprodução / Twitter)

A Paraíba investiga um novo caso de Mpox. Até o momento, o estado havia confirmado apenas um caso este ano. Na Paraíba, dos 819 casos notificados desde o início do surto, em 2022, até agora, apenas 108 foram confirmados, sendo um deles em 2024.

O Ministério da Saúde reportou que, de janeiro a setembro de 2024, foram notificados mais de 1.000 casos de Mpox no Brasil, superando o total de 853 casos registrados durante todo o ano de 2023.

Atualmente, há um caso em investigação no estado, conforme confirmado pela Secretaria Estadual de Saúde. A paciente está em isolamento domiciliar enquanto aguarda o resultado dos exames realizados no LACEN. Até o momento, o caso investigado não resultou em hospitalização.

De acordo com a Secretaria, a maioria dos casos suspeitos foram descartados, com 679 casos sendo considerados não confirmados. Oito cidades paraibanas registraram casos suspeitos ou confirmados desde o início do surto.

Originalmente chamada monkeypox, a doença recebeu esse nome devido ao seu isolamento inicial em macacos em 1958. No entanto, a associação com os animais levou a confusões, resultando na mudança do nome para Mpox para evitar estigmatização.

A Mpox é causada por um vírus da mesma família da varíola, uma doença erradicada através da vacinação até a década de 1970. Apesar de semelhante, a Mpox não causa lesões tão severas quanto a varíola e não tem a mesma letalidade. O vírus foi identificado em seres humanos desde a década de 1950, com um surto notável em 2022.

A transmissão da Mpox ocorre principalmente de pessoa para pessoa através de contato direto com secreções ou lesões. De acordo com o infectologista Fernando Chagas, cinco internações por Mpox foram registradas no estado da Paraíba.

Chagas informou também que a doença não se compara à COVID-19 em termos de transmissibilidade, mas a variante Clado 1B da Mpox, que surgiu na África, demonstrou uma maior capacidade de transmissão e uma letalidade significativamente mais alta.

Atualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) acompanha a situação de perto, especialmente com o surgimento de novos casos em países fora da África, incluindo a Suíça. Embora não se espere uma pandemia semelhante à COVID-19, a vigilância e as medidas de isolamento são essenciais para controlar a propagação.

Fernando Chagas destacou que serviços de saúde têm aprimorado suas estratégias de monitoramento e resposta, aprendendo com a pandemia anterior. Segundo ele, qualquer surto de Mpox deve ser gerido com atenção, sem criar pânico ou medidas extremas como lockdowns.

A população deve estar atenta às orientações das autoridades sanitárias e continuar a seguir práticas de higiene e prevenção para minimizar o risco de transmissão.



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