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Juiz nega prisão de pediatra acusado de estupro de crianças em João Pessoa

A decisão ocorre após denúncia formalizada pelo Ministério Público da Paraíba

Por Carlos Rocha Publicado em
Audiência acontece no Fórum criminal de João Pessoa
Juiz nega prisão de pediatra acusado de estupro de crianças em João Pessoa (Foto: Divulgação)

O juiz José Guedes Cavalcanti, da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, negou nesta segunda-feira (26) o pedido de prisão preventiva do pediatra Fernando Paredes Cunha Lima, acusado de estupro de vulnerável em consultas médicas. A decisão ocorre após denúncia formalizada pelo Ministério Público da Paraíba. O magistrado argumentou que, embora as acusações sejam graves, não há elementos suficientes para justificar a prisão neste momento do processo.

A decisão enfatiza que, apesar do impacto social das denúncias, a prisão só deve ser decretada com base em provas mais substanciais. Para o juiz, a simples gravidade dos fatos não basta para sustentar uma medida tão extrema. Ele pontuou que o processo ainda precisa passar pela instrução para que as acusações sejam devidamente verificadas.

“No caso em questão, não foi demonstrado, com base em fatos concretos, que a liberdade do investigado coloca a ordem pública em risco. A gravidade das condutas atribuídas, por si só, não gera um forte sentimento de impunidade e insegurança”, afirmou o magistrado.

Embora tenha negado a prisão, o juiz determinou o afastamento do pediatra de suas funções médicas e o bloqueio de bens a pedido do Ministério Público, como medida para assegurar eventuais indenizações às vítimas. O bloqueio busca garantir que os bens do acusado não sejam alienados antes do julgamento.

Na semana anterior, o promotor Bruno Lins solicitou que a Justiça estipulasse uma reparação de 400 salários mínimos para cada uma das três vítimas, totalizando cerca de R$ 1,7 milhão.

O pedido de busca e apreensão nos imóveis e consultórios de Fernando Cunha Lima também foi negado. O juiz considerou que, dado o tempo decorrido desde os supostos crimes, é improvável que ainda existam provas materiais nos locais indicados.

O caso segue sob investigação, e a próxima fase do processo deverá esclarecer os fatos e determinar a veracidade das acusações.



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