Trabalhadores dos Correios na Paraíba aceitam proposta e não aderem à greve
O próximo passo é informar o posicionamento da entidade representativa estadual ao coletivo nacional
O Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos na Paraíba, Empreiteiras e Similares (SINTECT-PB) se reuniu na noite desta segunda-feira (19), em uma nova assembleia para discutir a possível adesão à greve geral e os rumos da categoria. A liderança informou ao Portal T5 que a proposta da empresa foi aceita e que os trabalhadores da Paraíba não devem entrar em greve. O próximo passo é informar o posicionamento da entidade representativa estadual ao coletivo nacional.
"A gente aprovou a proposta e daremos agora prosseguimento para a Federação Nacional o acordo coletivo", disse um dos membros da diretoria do SINTEC-PB ao Portal T5.
Assembleia anterior
Uma reunião similar ocorreu na última quinta-feira (15), simultaneamente no auditório do sindicato em João Pessoa e na subsede em Campina Grande. Durante a assembleia, a liderança do SINTECT-PB informou que a empresa tinha apresentado uma proposta que seria analisada.
“A gente fez a assembleia, a empresa apresentou uma proposta e decidimos analisar na próxima segunda-feira (19), em uma nova assembleia para deliberar pela aceitação ou não da proposta e se vamos aderir à greve ou não”, explicou a liderança do sindicato.
Entre as principais reivindicações da categoria estão:
- Realização de concurso público para suprir a falta de pessoal.
- Vale Cultura e Vale Peru como benefícios adicionais.
- Reposição salarial com reajuste de INPC + 10% para que os salários acompanhem a inflação.
- Retorno do plano Correios Saúde com mensalidade zero.
- Valorização de todas as carreiras e recebimento dos 70% das férias.
- Implementação da entrega pela manhã para otimizar o trabalho e melhorar o serviço.
Tony Sérgio Cavalcante, secretário-geral do SINTECT-PB, destacou que atualmente a Paraíba conta com 1.160 trabalhadores para atender todo o estado, uma redução significativa em relação aos 1.592 trabalhadores de 2015. No âmbito nacional, o número de trabalhadores nos Correios caiu de 125 mil para 85 mil. "Falta pessoal, o último concurso foi em 2011, e o excesso de serviço tem causado acúmulo de correspondências, com alguns carteiros lidando com até 5 mil correspondências acumuladas", relatou Cavalcante.
Os eixos de luta da categoria incluem:
- Concurso Público Já: Essencial para melhorar as condições de trabalho e garantir um atendimento de qualidade.
- Vale Cultura: Benefício que proporciona acesso a atividades culturais.
- Vale Peru: Benefício tradicional para as comemorações de fim de ano.
- INPC + 10%: Reajuste salarial necessário para um aumento real.
- Retorno ao Correios Saúde com mensalidade zero: Garantir acesso gratuito à saúde.
- Entrega pela manhã: Para otimizar o trabalho e oferecer um serviço mais eficiente.
- 70% de férias: Recuperar o direito a 70% das férias para garantir segurança financeira durante o descanso.