Paraíba registrou ao menos 5 mortes de crianças por afogamento nos últimos três meses
O Corpo de Bombeiros recomenda que pais e responsáveis adotem medidas rigorosas de segurança
Nesta quinta-feira (15), Ágatha Sofia, uma menina de 5 anos, morreu afogada em um tanque na zona rural de Cacimbas, interior da Paraíba. O acidente ocorreu por volta das 15h, quando a criança tentou buscar água sozinha e caiu no reservatório.
A família notou a ausência de Ágatha poucos minutos depois e iniciou uma busca desesperada, encontrando-a já sem sinais vitais dentro do tanque. Apesar das tentativas de reanimação, a menina não sobreviveu. O corpo foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal (IML) de Patos, onde foi realizado o exame cadavérico. O velório ocorreu hoje, marcado por grande dor e comoção.
A escola onde Ágatha estudava expressou sua solidariedade à família em uma nota de pesar.
Outros Incidentes Recentes
O caso de Ágatha é o mais recente de uma série de tragédias envolvendo afogamento de crianças na Paraíba:
- 11 de julho: João Henrique Queiroga, de 5 anos, morreu afogado em uma cisterna no assentamento Zapata, próximo a Sousa. A criança estava brincando e se afastou dos adultos, caindo na cisterna. Após 30 minutos de busca, a reanimação foi tentada, mas ele foi encontrado sem vida.
- 7 de julho: Maria Alice Franco Martins, de 4 anos, faleceu em um afogamento em uma piscina em Cacimba de Dentro. O velório e sepultamento ocorreram no sítio Lagoa de Pedra e Cemitério São Francisco de Assis, respectivamente.
- 19 de maio: Em Teixeira, Valentina Félix, de 1 ano e 7 meses, caiu em uma cisterna em sua casa. Apesar dos esforços da família e do SAMU, a criança foi encontrada desacordada e não sobreviveu.
- 28 de maio: Menos de 10 dias depois, Maria Eloá Mendonça, de 1 ano e 8 meses, morreu afogada após cair em um tanque no quintal de casa em Teixeira. Ela foi encontrada sem vida por um primo e chegou à unidade de saúde já sem sinais vitais.
Recomendações das Autoridades
Esses eventos destacam a necessidade de vigilância constante com crianças em áreas com água. O Corpo de Bombeiros recomenda que pais e responsáveis adotem medidas rigorosas de segurança para prevenir acidentes semelhantes.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático, o Brasil registra cerca de 15 mortes diárias por afogamento, totalizando aproximadamente 5.475 óbitos anuais. A faixa etária mais afetada é a de pessoas com até 29 anos, representando 45% dos casos. Além disso, 55% das mortes na faixa etária de 1 a 9 anos ocorrem em residências. O período de maior risco é o verão, de dezembro a março, com 45% das mortes de crianças por afogamento ocorrendo nesta época.