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Fernando Cunha Lima

CRM-PB aprova interdição cautelar do médico pediatra acusado de pedofilia

A medida foi tomada após acusações de pedofilia que o pediatra enfrenta, sendo indiciado pela Polícia nesta semana

Por Carlos Rocha Publicado em
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CRM-PB aprova interdição cautelar do médico pediatra acusado de pedofilia (Foto: CRM-PB)

Em sessão realizada na noite desta sexta-feira (16), o pleno do Conselho Regional de Medicina do Estado da Paraíba (CRM-PB) aprovou, por unanimidade, a interdição cautelar do médico Fernando Cunha Lima. A medida foi tomada após acusações de pedofilia que o pediatra enfrenta, sendo indiciado pela Polícia nesta semana.

A decisão, que ainda cabe recurso, será encaminhada ao Conselho Federal de Medicina após o prazo e tramitação legal para que seja referendada. Caso confirmada, a interdição impedirá o médico de exercer a profissão até que o processo seja concluído.

Fernando Cunha Lima é investigado por suspeita de pedofilia. O primeiro caso mais recente denunciado envolve uma menina de nove anos, que teria sido vítima de abuso dentro do consultório do médico, no dia 25 de julho, em João Pessoa. A denúncia foi feita pela mãe da criança à Polícia Civil.

As acusações ganharam ainda mais força após a sobrinha do médico, Gabriela Cunha Lima, vir a público e relatar que também foi vítima de abuso por parte de seu tio. Segundo seu depoimento, Gabriela descreveu que o crime ocorreu durante uma visita à casa de Fernando, onde ela passava férias com a família em 1991.

“A gente frequentava a casa dele, veraneava. Em um desses dias, ele me acordou. Eu dormia no quarto da filha dele. Eu lembro que ele tinha voltado para almoçar. Ele ficou brincando comigo, dizendo que eu tinha acordado de madrugada com saudades dos meus pais. Eu fiquei sem entender, porque não lembrava de ter acordado de madrugada. Quando foi mais tarde, todo mundo desceu e ele me chamou no quarto”, relatou Gabriela.

Ela ainda descreveu como o médico abaixou suas próprias roupas e pediu que ela o tocasse, além de ter pedido segredo sobre o ocorrido. O caso de Gabriela se soma a outras denúncias que colocam Fernando Cunha Lima sob investigação.

Em nota, o CRM-PB reafirmou o compromisso com a ética e a proteção dos pacientes e alertou que, diante de qualquer suspeita de conduta imprópria por parte de profissionais da medicina, medidas rigorosas serão tomadas para garantir a segurança da população.

Confira a nota na íntegra:

NOTA

O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) aprovou por unanimidade a interdição cautelar do médico Fernando Cunha Lima, em plenária extraordinária, realizada às 17 horas desta sexta-feira (16). A decisão ainda precisa ser referendada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). A interdição é, inicialmente por 180 dias, podendo ser prorrogável por igual período. Durante este período de 180 dias ou de 360 dias, o processo ético-profissional tem que ser concluso. Durante o processo, as partes serão ouvidas, tanto a que acusou como a que foi acusada. O CRM-PB depende também do trabalho do Ministério Público, da Polícia Civil e dos laudos periciais para tomar um juízo de valor, para verificar se vai existir punibilidade ou não.



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