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Resgate de internos e prisões em comunidade terapêutica no Agreste da Paraíba

Os sete indivíduos detidos fazem parte da direção e do corpo de funcionários da instituição e foram encaminhados à Central de Polícia

Por Carlos Rocha Publicado em
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Resgate de internos e prisões em comunidade terapêutica no Agreste da Paraíba (Foto: Divulgação/MPPB)

Nesta quarta-feira (14), uma inspeção realizada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) resultou no resgate de trinta e oito internos e na prisão de sete pessoas em uma comunidade terapêutica localizada na cidade de Lagoa Seca, no Agreste da Paraíba. A fiscalização identificou irregularidades graves no local, incluindo cárcere privado, sequestro e tortura praticada contra os internos.

De acordo com o MPPB, a instituição, cuja identidade não foi divulgada, apresentava-se como uma clínica de reabilitação, mas funcionava na verdade como uma comunidade terapêutica. Os sete indivíduos detidos fazem parte da direção e do corpo de funcionários da instituição e foram encaminhados à Central de Polícia de Campina Grande.

A promotora de Justiça Fabiana Lobo, que coordena o Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça da Saúde e esteve presente na inspeção, revelou que a maioria dos internos resgatados relatou estar em sistema de cárcere privado. Segundo Lobo, os quartos estavam todos fechados com cadeado, e os internos que pediam para sair eram dopados ou agredidos.

“A maioria dos acolhidos disse que está no local em sistema de cárcere privado, que não pode sair, inclusive, detectamos que eles estavam com os quartos todos fechados, com cadeado e, durante a oitiva, eles disseram que, quando pedem para sair, ou são dopados ou apanham”, afirmou Lobo.

A promotora destacou ainda que muitos internos foram retirados de suas casas de forma compulsória, frequentemente com o uso de armas. “Vários relataram isso, de sequestro, de cárcere privado, de maus tratos, de tortura. Alguns relataram que apanhavam com pau, com fio. Então houve a prisão em flagrante de sete pessoas da direção e do corpo de funcionários”, completou a promotora.

Os internos foram resgatados do local em ônibus e um deles foi levado para exame de corpo de delito devido a uma série de lesões apresentadas. As investigações continuam para garantir a segurança e os direitos dos envolvidos.



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