Paraíba registra aumento expressivo nas arboviroses e confirma mortes por dengue e chikungunya
Boletim também aborda a Febre Oropouche, outra arbovirose transmitida pelo mosquito maruim
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou na terça-feira (6) o Boletim Epidemiológico nº 08/2024, que apresenta o cenário das arboviroses na Paraíba. Os dados, coletados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e consolidados pela SES, mostram que, entre janeiro e 3 de agosto de 2024, o estado contabilizou 13.400 casos prováveis dessas doenças. Desse total, 11.909 são de dengue (88,87%), 1.409 de chikungunya (10,51%) e 82 de zika (0,61%).
O boletim também confirma 10 mortes em decorrência da dengue, ocorridas em Cabedelo (1), Camalaú (1), Campina Grande (2), Catolé do Rocha (1), Conde (1), João Pessoa (1), Lucena (1), Massaranduba (1) e São João do Rio do Peixe (1). Há ainda três óbitos em investigação nos municípios de Bayeux, Campina Grande e Pilar. Além disso, foram registrados cinco óbitos por chikungunya nas cidades de Sapé, João Pessoa, Campina Grande, Pirpirituba e Monteiro. Em relação à zika, não há registros de mortes.
Segundo Carla Jaciara, técnica da SES responsável pelo monitoramento das arboviroses, a Paraíba registrou um aumento de 114% nos casos de dengue em comparação ao mesmo período de 2023, quando foram notificados 5.566 casos prováveis. Em relação à chikungunya, houve um crescimento de 33% nos casos, subindo de 1.061 em 2023 para 1.409 em 2024. Em contrapartida, os casos de zika apresentaram uma queda de 10%, passando de 91 para 82 no mesmo período.
Carla Jaciara ressaltou que a SES, em parceria com os municípios e as Gerências Regionais de Saúde, está intensificando as ações de combate ao Aedes aegypti, vetor dessas doenças. A técnica informou que 15 municípios do estado estão em situação de risco para um possível surto, incluindo Picuí, Barra de Santana, Santa Cecília, Itapororoca, Casserengue, Nova Floresta, Teixeira, Pedra Branca, Baía da Traição, Areial, Campina Grande, Juazeirinho, Remígio, Cacimba de Dentro e Pedra Branca. Outros 123 municípios estão em alerta, e 85 apresentam uma situação satisfatória, com 19 deles tendo índice de infestação zero.
O Boletim também aborda a Febre Oropouche, outra arbovirose transmitida pelo mosquito maruim. A SES tem realizado testagens e promovido ações de vigilância para essa doença, por meio do Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen-PB). Até agora, não há casos autóctones na Paraíba, apenas um caso importado de um paciente contaminado durante uma viagem a Pernambuco.
