Cesta básica em João Pessoa registra menor valor entre as capitais do Nordeste, aponta pesquisa do Dieese
Além disso, o levantamento registrou que, após a catástrofe climática ocorrida em maio no Rio Grande do Sul, que impactou os produtores de arroz, o preço desse produto caiu em 13 capitais
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou nesta terça-feira (6) uma pesquisa que destaca a queda no custo da cesta básica em 17 capitais durante o mês de julho. Entre as capitais nordestinas, João Pessoa apresentou um dos menores valores para o conjunto de alimentos essenciais, registrado em R$ 572,38.
Apesar da redução nos preços, João Pessoa se manteve entre as capitais com os menores custos da cesta básica no país, acompanhada por Aracaju (R$ 524,28) e Recife (R$ 548,43). Na capital paraibana, o preço do pão francês foi um dos itens que registrou aumento, com alta de 2,44%, seguindo a tendência observada em outras capitais.
Em um cenário mais amplo, a pesquisa apontou que o custo dos alimentos básicos subiu em 11 cidades na comparação entre julho de 2023 e julho de 2024, enquanto em outras seis cidades, incluindo Recife (-7,47%) e Natal (-6,28%), houve retração nos preços.
Considerando a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para cobrir as despesas básicas de um trabalhador e sua família, o Dieese estimou que o valor necessário do salário mínimo em julho deveria ser de R$ 6.802,88, o que corresponde a 4,82 vezes o valor atual de R$ 1.412,00.
A pesquisa revelou ainda que, em julho, o tempo médio necessário para adquirir a cesta básica foi de 105 horas e 8 minutos, uma melhora em relação ao mês anterior, quando essa relação era de 109 horas e 53 minutos. O Dieese também apontou que o trabalhador comprometeu, em média, 51,66% do seu rendimento para a compra de alimentos em julho, uma redução em comparação aos 54% registrados em junho.
Além disso, o levantamento registrou que, após a catástrofe climática ocorrida em maio no Rio Grande do Sul, que impactou os produtores de arroz, o preço desse produto caiu em 13 capitais, enquanto o feijão apresentou redução em 13 localidades, incluindo João Pessoa.