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João Pessoa - 439 anos

Qual a origem de João Pessoa? Entenda como ameaça francesa impulsionou criação da cidade

Portal T5 fez uma visita à história e te conta a origem da cidade de João Pessoa, capital da Paraíba

Por Redação T5 Publicado em
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João Pessoa, capital da Paraíba (Foto: Reprodução/Secom-JP)

João Pessoa, capital da Paraíba, celebra 439 anos. Os mais de quatro séculos de história concede à cidade o título de uma das mais antigas do Brasil e certamente você já leu ou ouviu falar como o município nasceu: de costas para o mar, ao contrário das demais capitais do país banhadas pelo oceano Atlântico. Mas o que aconteceu na região do Rio Paraíba que impulsionou o nascimento de João Pessoa?

O Portal T5 fez uma visita à história da cidade e te conta, de forma simples, como tudo começou.

A imagem é a seguinte: colonizados por portugueses, povos Tabajara habitavam a região do São Domingos (primeiro nome dado ao Rio Paraíba) e eram cortejados pelos franceses que exploravam o pau-brasil. Esses indígenas estavam sendo influenciados pela França a se manterem hostis aos exploradores de outras nacionalidades.

Em 1574, os indígenas foram incentivados a participaram do ataque ao engenho de Diogo Dias, na Capitania de Itamaracá. Foi a partir daí que Portugal despertou interesse em planejar alguma estratégia que impedisse a ocupação definitiva dos franceses na região. Em resposta, foi ordenada a construção de fortes na foz do Rio Paraíba. Com a decisão, várias batalhas foram instauradas em terra e os portugueses sofressem várias derrotas.

Rumo a futura João Pessoa

Em março de 1585, uma nova fase começou quando Martim Leitão, que era Ouvidor Geral da Bahia, liderou uma expedição com a missão de restaurar os fortins da barra e desalojar os franceses. Começava o movimento que seria o pontapé para a futura cidade. Em agosto do mesmo ano, após um acorde de amizade com os povos que habitavam a região, os portugueses fundaram o Forte do Varadouro, às margens do rio Sanhauá - pequeno afluente do Rio Paraíba - e estabeleceram um povoado. Em homenagem à santa do dia, o lugar foi nomeado Nossa Senhora das Neves, padroeira da cidade até hoje.

Para honrar o rei da Espanha, que então dominava Portugal, a cidade recebeu o nome de Felipéia. Em novembro de 1585, Martim Leitão trouxe várias famílias para povoar a nova cidade, e providenciou a construção de fortes, igrejas e moradias. Apesar das contínuas lutas com os indígenas durante anos, a cidade começou a se desenvolver lentamente.

Novas casas

Duarte Gomes da Silveira foi companheiro de Martim Leitão e uma das expedições do ouvidor-geral e começou a se destacar anos depois. A fim de estimular o progresso da cidade Felipéia, Duarte instituiu prêmios para recompensar os habitantes que construíssem casas na região. Na década de 1630, a cidade tinha cerca de 1.500 habitantes e era cercada por 18 engenhos de açúcar.

Em 1634, com a aproximação das forças holandesas, o povo abandonou a cidade depois de incendiar os prédios mais importantes. O lugar foi ocupado pelos holandeses, depois de ataques aos fortins da barra, defendidos pelas tropas aquarteladas em Cabedelo. O povo paraibano, sob a liderança de André Vidal de Negreiros, resistiu e, em 1654, conseguiu expulsar os invasores. Com a queda dos holandeses, surgia então a Paraíba do Norte.

Foi assim chamada até 1930, quando passou a denominar-se João Pessoa, em homenagem ao Presidente do Estado, assassinado em Recife, durante campanha política.

Diante de tudo isso, a história de João Pessoa só reafirma os traços de resistência do povo paraibano longo dos séculos. E que permanece assim há 439 anos.

Fonte: Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional



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