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caso Lucas Dantas

Entrevista ao Tá na Hora PB: mulher agredida diz que empresário usava drogas e ameaçou pegar arma

A psicóloga conversou com o apresentador Leuro Lima e deu sua versão do que aconteceu: "Houve várias formas de agressões que vocês possam imaginar"

Por Carlos Rocha Publicado em
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Entrevista ao Tá na Hora PB: mulher diz que empresário usava drogas e ameaçou pegar arma

Na edição desta quarta-feira (24) do programa 'Tá na Hora Paraíba', a psicóloga que alega ter sido vítima de agressão física por parte do companheiro com quem se relacionava há cerca de três anos, concedeu uma entrevista exclusiva ao apresentador Lauro Lima. Segundo ela, as agressões ocorreram na casa da sogra, no bairro Pedro Gondim, em João Pessoa, na terça-feira (23). O homem apontado como agressor é o empresário do ramo de refrigeração Lucas Dantas Rabelo.

A psicóloga, que não teve a identidade revelada, relatou ao programa que as agressões foram diversas e ocorreram enquanto ela estava na casa da mãe do agressor. "Houve várias formas de agressões que vocês possam imaginar: físicas, psicológicas. Como eu tenho o laudo do IML, foram chutes, socos, tapas. Tive meu aparelho celular quebrado na minha cabeça, muitas pancadas na parede, estrangulamento. Até hoje estou com marcas no pescoço, possivelmente um osso fraturado na face. Em nenhum momento vi a família tentar me prestar socorro; pelo contrário, estão apenas pensando na repercussão negativa para a empresa deles.", descreveu a vítima.

A vítima mencionou que as agressões não ocorreram no bairro Manaíra, conforme foi amplamente divulgado pelos veículos de comunicação, mas em Pedro Gondim. Posteriormente, ela foi levada a Manaíra, onde o contato com a polícia foi feito.

"Ele estava fazendo uso de drogas. Eu estava doente na casa da mãe dele, onde ocorreram as agressões, não foi em Manaíra como falaram. Fui acordada por ele me batendo. Me bateu quase a madrugada inteira. Trancou a porta, me deixou presa no quarto e continuou as agressões. Quando não aguentei mais, gritei por socorro. Acredito que todos os vizinhos tenham escutado. Foi quando a mãe e a irmã dele vieram tentar me socorrer. Ele veio com um pedaço de madeira grande para bater na minha cabeça, mas a mãe e a irmã entraram no meio e ele saiu para pegar uma arma. A mãe dele, desesperada, me trouxe descalça até meu prédio em Manaíra, onde moro, e pediu para eu me esconder. Cheguei na delegacia e pedi ajuda à polícia militar", disse a psicóloga.

A psicóloga mencionou ainda que, além das agressões físicas, também sofreu violência psicológica durante todo o relacionamento. "Foi uma relação de manipulação. Ele prometeu que mudaria e abandonaria o uso de drogas, mas isso nunca aconteceu. Acreditei e voltei, mas fui agredida novamente", explicou.

"Da mesma forma que relatei agora: agressões físicas e psicológicas. Ele me prometeu que havia mudado, que havia abandonado o uso de drogas, e eu acreditei. Infelizmente, tenho muita empatia e cai nessa novamente. Ele é uma pessoa manipuladora", continuou.

A mulher mencionou ainda que existem algumas coisas que serão reveladas em breve e que ela foi orientada pelo advogado a não contar. "Não posso apresentar agora porque ainda não tenho autorização do meu advogado. Mas todos ficarão cientes em breve. O que me deixa mais triste e magoada é que fiz parte dessa família por três anos, ajudei a família dele inteira tentando tirá-lo desse vício. A mãe e a irmã, que me socorreram e presenciaram todas as agressões, hoje estão se omitindo. Isso é terrível."

A defesa do suspeito

O advogado do Lucas Dantas, Aglailton Queiroga, foi entrevistado pela repórter Vanessa Braz, também dentro do programa 'Tá na Hora Paraíba' e declarou que seu cliente está à disposição da justiça e comparecerá à delegacia quando for convocado. "No momento oportuno, ele apresentará sua versão dos fatos e comprovará sua inocência", afirmou o advogado.

Queiroga também contestou a informação de que seu cliente tenha histórico de violência doméstica com outra companheira. "Isso será esclarecido durante o inquérito policial. Até agora, não há provas que sustentem essa acusação", disse.

O advogado ressaltou que o caso ganhou grande repercussão e pediu para que não haja pré-julgamento. "A empresa da família do meu cliente, que tem 32 anos de mercado, está perdendo contratos por conta dessa situação. Ele está afastado da empresa para evitar associações entre pessoa física e jurídica", concluiu.

A Delegacia da Mulher de João Pessoa investiga o caso e aguarda a apresentação do acusado para dar continuidade às investigações. A polícia pede que qualquer pessoa que tenha informações adicionais sobre o caso entre em contato para colaborar com a apuração dos fatos.

Como denunciar

Se você sofre ou presenciou algum tipo de violência contra as mulheres, denuncie. Em caso de emergência, a mulher ou alguém que presencie alguma agressão, pode pedir ajuda por meio do telefone 190, da Polícia Militar.

Na Paraíba, as denúncias podem ser feitas também em qualquer uma das Delegacias da Mulher (Deam) espalhadas em todas as regiões, além do plantão 24 horas na Deam Sul de João Pessoa, que funciona na Central de Polícia.

Além desses locais, o denunciante poderá utilizar os telefones 197 (Polícia Civil), 190 (Polícia Militar, para chamado de urgência) ou o 180 (número nacional de denúncia contra violência doméstica). Outra opção é fazer um registro da denúncia através da delegacia online no endereço: www.delegaciaonline.pb.gov.br

Denúncias de violência contra mulheres também podem ser feitas pelo WhatsApp. Para isso, basta enviar uma mensagem para o número (61) 9610-0180 pelo aplicativo ou pelo link https://wa.me/556196100180?text=oi.



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